Petição contra abate de rottweiler já tem mais de 15 mil assinaturas.

Cão estava sem trela e açaime e mordeu uma criança em Matosinhos.

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Cão está a ser avaliado pelo veterinário municipal X

A petição pública contra o abate do cão de raça rottweiler que, na terça-feira, atacou uma criança em Matosinhos já tem mais de 15 mil assinaturas, quase duplicando em 24 horas.

A petição não visa "desconsiderar o ataque feito pelo cão", mas defende que os donos de animais que não cumprem a lei sejam devidamente punidos como estipulado pela lei, lê-se no documento.

Na terça-feira, uma criança de quatro anos foi atacada por um cão de raça Rottweiler, em Matosinhos, tendo sido transportada para o Hospital de São João, no Porto, e submetida a uma cirurgia, encontrando-se estável.

Segundo informações prestadas quarta-feira pelo pai à Lusa, a criança está consciente e a mãe, já teve alta hospitalar, mas poderá ter de ser operada. O cão feriu ainda uma terceira pessoa, sem gravidade.

Mais do que abater o cão que atacou a criança, a petição informa que o que é "imprescindível" é que os donos dos animais sejam "responsáveis não só pelo bem-estar do animal", mas que também sejam "responsáveis no cumprimento do uso de trela em via pública para prevenir eventuais acidentes que ponham em risco outras pessoas (...) ou o próprio animal em questão".

A petição defende que o cão que atacou a criança seja "entregue ao cuidado de associações/ pessoas que se comprometam e se disponham a ajudar o animal a reabilitar-se, dando-lhe ajuda técnica positiva e especializada na sua reeducação e no seu comportamento".

Os donos de animais que não cumprem a lei devem, por outro lado, ser "devidamente punidos como estipulado pela lei", acrescenta a petição, referindo que qualquer pessoa tem o direito de frequentar espaços públicos sem se sentir incomodada pela presença de animais sem trela ou sem açaime".

Segundo fonte oficial da Câmara de Matosinhos, o cão vai ficar "de quarentena pelo menos durante 15 dias" no Centro de Recolha Oficial de Matosinhos a ser avaliado pelo veterinário municipal, após o que caberá ao tribunal decidir se o animal será ou não eutanasiado.

Em 2013, outra petição contra o abate de um cão, responsável por um ataque mortal, reuniu mais de 60 mil assinaturas. O cão não foi abatido, tendo sido entregue à associação Animal. 

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