Paulo Morais andou desassossegado no seu mundo a denunciar o nosso

O Porto vai acolher em Abril um congresso sobre Parcerias Público-Privadas rodoviárias.

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Paulo Morais candidatou-se às últimas eleições presidenciais DANIEL ROCHA

Se há algumas palavras que podem descrever a actividade de Paulo Morais são fôlego e persistência. Pelo menos em relação a algumas causas, tais como as Parcerias Público-Privadas, o sistema eleitoral, a corrupção, entre outras. No último ano, o ex-candidato presidencial não andou distraído e, com o empurrão de uma nova associação, a Frente Cívica, volta à carga para denunciar o que entende estar mal.

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Se há algumas palavras que podem descrever a actividade de Paulo Morais são fôlego e persistência. Pelo menos em relação a algumas causas, tais como as Parcerias Público-Privadas, o sistema eleitoral, a corrupção, entre outras. No último ano, o ex-candidato presidencial não andou distraído e, com o empurrão de uma nova associação, a Frente Cívica, volta à carga para denunciar o que entende estar mal.

A entrega nesta quinta-feira de um documento a solicitar ao Provedor de Justiça a fiscalização da constitucionalidade da Lei Eleitoral da Assembleia da República não foi o único acto desta associação que já reúne perto de 700 membros. Já antes, tinha denunciado às autoridades competentes o facto de aparecerem crianças em anúncios publicitários, nas televisões, sem que tal fosse devidamente enquadrado pela lei em vigor.

Agora, um dos próximos passos será organizar em Abril, no Porto, um congresso para discutir o tema das Parcerias Público-Privadas rodoviárias. Paulo Morais, que tem há muito este tema na agenda, insiste que há “rendas excessivas e milionárias que prejudicam o Estado” e que o congresso não servirá apenas para discutir o assunto, mas para produzir documentos, “denunciar responsabilidades e preconizar soluções”.

Já antes, em Dezembro do ano passado, altura em que a associação foi legalmente constituída, Paulo Morais tinha explicado que os fundadores iriam produzir um primeiro documento para apontar as falhas daquelas parcerias e apresentar soluções. Depois, mais uma vez, e cumprindo o espírito da plataforma cívica, as propostas circulariam pelo país.

Criar “uma rede de pensamento crítico sobre os problemas nacionais, tomar posições” e encarar “assuntos que tardam em ser resolvidos” são alguns dos princípios que nortearam a criação da Frente Cívica, legalmente constituída a 27 de Dezembro do ano passado, nas Caldas da Rainha.

Mas, antes de este passo ter sido formalizado num notário, houve várias reuniões no país e quatro eventos com centenas de pessoas em Coimbra, Lisboa, Porto, e Faro. Nestes encontros, perguntou-se a quem participou quais os problemas na sociedade portuguesa que mereciam estar no topo das prioridades para serem resolvidos. Além da corrupção, das Parcerias Público-Privadas, do sistema eleitoral, outros temas fazem parte das preocupações dos membros desta associação, tais como a falta de apoio e abandono dos idosos, a falta de prevenção e deficiência no combate aos fogos florestais, a não reutilização de manuais escolares.

Paulo Morais presidiu à comissão instaladora desta associação cívica, em conjunto com António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF, Mário Frota, presidente da Associação Portuguesa do Direito do Consumo, Henrique Cunha, dirigente do Reutilizar – Movimento pela reutilização dos livros escolares, e Maria Teresa Serrenho, sócia fundadora da AMAI – Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos Independentes e antiga mandatária da candidatura presidencial de Paulo de Morais (conhecido também pelo combate que travou contra a corrupção, na vice-presidência da Transparência e Integridade – Associação Cívica, tema que também esteve em destaque na sua campanha presidencial).

“Somos todos amigos, gente desassossegada com intervenção cívica em diferentes áreas”, disse, em Dezembro, o professor universitário e antigo vereador da Câmara do Porto, ao PÚBLICO.