Ex-presidente do Banco de Fomento vai liderar a STCP

Gestor com muita experiência no sector financeiro, Paulo Azevedo fez também parte da comissão de honra da candidatura de Rui Moreira.

Foto
ADRIANO MIRANDA

Já está escolhido o nome do futuro presidente do conselho de administração da STCP, empresa pública cuja gestão foi entregue pelo Governo à Área Metropolitana do Porto. Rui Moreira anunciou esta quarta-feira que Paulo Azevedo, economista com grande experiência no sector financeiro e que em 2013 chegou a presidir ao Banco de Fomento presidirá à sociedade.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Já está escolhido o nome do futuro presidente do conselho de administração da STCP, empresa pública cuja gestão foi entregue pelo Governo à Área Metropolitana do Porto. Rui Moreira anunciou esta quarta-feira que Paulo Azevedo, economista com grande experiência no sector financeiro e que em 2013 chegou a presidir ao Banco de Fomento presidirá à sociedade.

O futuro presidente da STCP fez parte da comissão de honra da candidatura de Rui Moreira à Câmara do Porto.  É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, participou no Executive Program do  Instituto Europeu de Administração de Empresas (Insead) e antes de entrar no Banco de Fomento, em 2013, contava já com mais de 25 anos de experiência em cargos de administração e direcção geral no sector financeiro.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que indicou Paulo Azevedo para a presidência da STCP, justificou a sua escolha, em declarações aos jornalistas, no final da reunião do executivo: “É uma pessoa com experiência em matéria de gestão nos mais variados dossiers, uma pessoa do Porto e que aceita este desafio, que não é fácil. Estamos em final de mandato, é muito exigente”, disse. Mas nada que assuste o gestor, depreende-se das palavras do autarca: “É um gestor de primeira qualidade em termos nacionais, que aceitou participar neste projecto tão desafiante.”

Paulo de Azevedo Foi desde 1998 director-geral do Millennium BCP, administrador das sociedades BCP Leasing, BCP Factoring, e do Millennium BCP Investimento. Coordenou diversos aumentos de capital do banco e foi responsável pela equipa técnica na aquisição por oferta pública de aquisição (OPA) do BPA em 1995. Foi ainda presidente do conselho de administração do BCP Capital e administrador da InovCapital e fez parte dos conselhos de administração da EDP, Oni e Inapa em representação do Millennium BCP.

Em Outubro de 2014, o gestor chegou a ser convidado pelo então ministro da Economia, Pires de Lima, para ficar à frente do Banco de Fomento, após a fase de instalação que deu origem à IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, mas recusou permanecer na instituição que, curiosamente, está instalada na Torre das Antas e no mesmo piso que a administração da STCP a que Paulo Azevedo vai presidir mal esteja concluído o processo de transferência da gestão da empresa, por sete anos, para o grupo de seis municípios da Área Metropolitana – liderados pelo Porto – em cujo território a transportadora opera.

O processo está neste momento nas mãos do Tribunal de Contas, à espera de visto, e só depois se concretizará a mudança na gestão da empresa. O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, responsável, na área metropolitana, pelo sector dos transportes explicou que vai, nos próximos dias, convocar os municípios do Porto, Maia, Valongo, Matosinhos e Gaia para uma reunião onde deverá ser discutida a composição da administração da STCP, para a qual estas autarquias vão indicar um membro executivo e um elemento não executivo, a que se soma o administrador financeiro, a nomear pelo Estado.  

Marco Martins explicou que ainda não estão decididos os restantes nomes e deixou claro que “não gostou” de ficar a saber pelo PÚBLICO o nome do futuro presidente da STCP . O autarca concedo "que o Porto tem, como é sabido, o direito de decisão" – algo que decorre de o grosso da operação da empresa ter lugar na cidade, onde aliás tem o monopólio do transporte rodoviário de passageiros –, mas nota que "o correcto seria dar conta disso aos restantes municípios parceiros na gestão da empresa antes de o tornar público”. Com Patrícia Carvalho