E ao quinto dia o BCP continua a afundar para mínimos históricos

Anúncio do aumento de capital com troca de acções continua a fazer estragos na cotação bolsista do banco liderado por Nuno Amado.

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Fábio Augusto

Pela quinta sessão consecutiva em queda, as acções do BCP voltaram esta quinta-feira a bater mínimos históricos, nos 79 cêntimos, pouco depois da abertura da negociação.

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Pela quinta sessão consecutiva em queda, as acções do BCP voltaram esta quinta-feira a bater mínimos históricos, nos 79 cêntimos, pouco depois da abertura da negociação.

Depois de ter encerrado na quarta-feira nos 84,54 cêntimos e a perder 8,42%, o banco liderado por Nuno Amado bateu esta manhã novo recorde, chegando aos 79 cêntimos apenas nove minutos depois de arrancarem as negociações na Euronext Lisboa. Pelas 10h30, o BCP negociava nos 80 cêntimos, o que representa uma perda de 5,25%.

O BCP está a ser fortemente penalizado pelo anúncio de aumento de capital de cerca de 1,3 mil milhões de euros decidido pelo Conselho de Administração na passada segunda-feira. A operação implica a injecção de capital dos chineses da Fosun entre 400 e 531 milhões de euros. Mas também significa a distribuição de direitos pelos accionistas de poderem comprar um máximo de 15 novas acções por cada uma que detenham, e a um preço unitário de 9,4 cêntimos, o que representa um forte desconto (cerca de 90%) face à cotação da passada sexta-feira.

No período de menos de um ano as acções do BCP caíram de 3,48 euros, em meados de Março de 2016, para pouco mais de um quarto desse valor.