Na vida real, a paixão entre Han Solo e princesa Leia não foi tão glamorosa

No mês passado, Carrie Fisher revelou em livro o caso que manteve com Harrison Ford durante a rodagem de Star Wars. Houve paixão, mas de apenas um sentido.

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Para lá da paixão, Carrie Fisher recorda Harrison Ford como alguém distante emocionalmente, monossilábico e um pouco aborrecido DR

O romance entre Han Solo, interpretado por Harrison Ford, e a princesa Leia, Carrie Fisher, foi um dos mais adorados pelo público. Muito se questionou se o amor entre as duas personagens não se tinha estendido à vida real. Durante décadas a actriz negou o envolvimento – até porque tinha, na altura da rodagem de Star Wars, 19 anos. Menos 14 do que Ford.

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O romance entre Han Solo, interpretado por Harrison Ford, e a princesa Leia, Carrie Fisher, foi um dos mais adorados pelo público. Muito se questionou se o amor entre as duas personagens não se tinha estendido à vida real. Durante décadas a actriz negou o envolvimento – até porque tinha, na altura da rodagem de Star Wars, 19 anos. Menos 14 do que Ford.

Mas em Novembro deste ano, Fisher publicou o livro The Princess Diarist (O Diário da Princesa) onde, finalmente, faz a revelação que todos já esperavam: um caso entre Han Solo e a Princesa Leia na vida real. No entanto, a romance não foi tão glamoroso e apaixonado como no grande ecrã.

Na verdade, a actriz admite que manteve o segredo durante tantos anos por vergonha: Harrison Ford era, aquando das filmagens para o filme e durante o caso entre os dois, casado e pai de duas crianças. Mas também porque encontrou um diário seu dos tempos de adolescência e decidiu transportá-lo para o livro.

Aí conta que Harrison Ford, de 33 anos, a seduziu pela primeira vez no banco de trás de um táxi quanto estava muito embriagada. A partir daí a paixão de Fisher por Ford cresceu. Mas o inverso não aconteceu. Aliás, a actriz relata que os fins-de-semana eram reservados para o sexo entre os dois, mas, durante a semana e as filmagens, agiam quase como se não se conhecessem.

“Se Harrison era incapaz de perceber que eu tinha sentimentos por ele (pelo menos cinco, mas às vezes até sete) então ele não era tão inteligente como eu pensava que ele era – como eu sabia que ele era. Por isso eu amei-o e ele permitiu. Este é o cálculo mas próximo que posso formar quatro décadas depois”, escreve Fisher.

Os escritos encontrados no seu diário de adolescente mostram uma Fisher muitas vezes sarcástica e irónica mas também angustiada, numa altura em que era submetida a terapia pela bipolaridade que lhe tinha sido diagnosticada.

A ironia e sarcasmo está até presente quando a actriz descreve Harrison: “Apenas bonito demais. Não. Não. Mais do que isso. Ele parecia que podia liderar a carga na batalha, tomar a colina, vencer o duelo, ser o líder do mundo sem glúten, tudo sem uma pinga de suor”. Mas também o recorda como alguém distante emocionalmente, monossilábico e um pouco aborrecido.

Para além do relacionamento com Harrison Ford, o mais abordado tema do livro, Fisher conta ainda que a trilogia Star Wars passou a fazer parte de si mesma: “Star Wars era e é o meu trabalho. Não me podem despedir e nunca vou ser capaz de me demitir”.

Mas no penúltimo capítulo da obra, a actriz ataca as convenções de Star Wars onde os fãs se mascaram da sua personagem favorita, perseguem autógrafos e pagam por tudo isso: “Fui apanhada viva nessa barafunda vezes suficientes para desejar estar morta”.