E finalmente o Elphie está "terminado"

Edifício de Herzog & de Meuron entregue vários anos e milhões de euros depois.

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Não sabemos se é humor de arquitecto: a Elbphilharmonie de Hamburgo, cuja construção levou mais seis anos do que o previsto, está finalmente terminada e a sua construtora, a empresa Hochtief, entregou o edifício ao presidente da câmara com a palavra “terminado” escrita em letras garrafais – “fertig”, em alemão. Os seus custos passaram de 241 milhões de euros, numa estimativa de 2007, para 789 milhões, nas contas deste ano.

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Não sabemos se é humor de arquitecto: a Elbphilharmonie de Hamburgo, cuja construção levou mais seis anos do que o previsto, está finalmente terminada e a sua construtora, a empresa Hochtief, entregou o edifício ao presidente da câmara com a palavra “terminado” escrita em letras garrafais – “fertig”, em alemão. Os seus custos passaram de 241 milhões de euros, numa estimativa de 2007, para 789 milhões, nas contas deste ano.

Desenhada pelos arquitectos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, uma das duplas mais conhecidas da arquitectura mundial, a sala de concertos à beira do rio Elba, que só deverá inaugurar em Janeiro, é também um hotel de quatro estrelas e incluiu 45 apartamentos, um restaurante e um miradouro situado a 37 metros de altura. O novo edifício é construído em vidro sobre um antigo armazém erguido em tijolo no porto de Hamburgo e a sua forma parece uma homenagem à Filarmónica de Berlim projectada pelo arquitecto Hans Scharoun no início dos anos 60.

Tal com a congénere de Berlim, os lugares da sala arrumam-se em socalcos em redor do palco, em vez da tradicional disposição de um teatro à italiana. O projecto acústico é do japonês Yasuhisa Toyota, que também fez o Walt Disney Concert Hall de Los Angeles.

Juntamente com o novo aeroporto Berlim-Brandenburg e a renovação urbana de Estugarda em redor da estação de comboios, o Elphie, como o edifício já é conhecido em Hamburgo, faz parte da troika de obras que embaraçam a Alemanha, simbolizando orçamentos ultrapassados e brechas numa reputação de eficiência, escreve o Guardian