CDS ganha um deputado mas falha aposta de Cristas

O comentador Camilo Lourenço está a colaborar com o partido.

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Rui Farinha | NFactos

Com mais um deputado e uma subida no número de votos, o CDS pode cantar vitória, mas os resultados têm um sabor algo amargo para Assunção Cristas: não elegeu a candidata em São Miguel, apesar de ter apostado em força na candidatura e de ter contado com a colaboração de Camilo Lourenço, comentador de assuntos económicos.

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Com mais um deputado e uma subida no número de votos, o CDS pode cantar vitória, mas os resultados têm um sabor algo amargo para Assunção Cristas: não elegeu a candidata em São Miguel, apesar de ter apostado em força na candidatura e de ter contado com a colaboração de Camilo Lourenço, comentador de assuntos económicos.

O CDS subiu de três deputados para quatro, entre os quais está o líder do CDS-Açores, Artur Lima, reeleito pelo círculo da Terceira. Não foi eleita Ana Afonso, 36 anos, gestora de uma empresa de salsichas, que foi uma escolha pessoal de Assunção Cristas para cabeça de lista em São Miguel, depois de ter sido confrontada com desentendimentos internos no partido regional. A líder do CDS-PP conheceu a gestora quando ainda era ministra da Agricultura e acabou por escolhê-la como candidata, apesar de se ter filiado apenas este ano no partido.

A campanha contou com o contributo de Camilo Lourenço, colunista do Jornal de Negócios e ex-director da revista Exame, que tem estado aliás a colaborar nos últimos meses com Assunção Cristas na área da comunicação. A equipa que trabalhou a campanha regional do CDS no arquipélago contou com Marco Areia, partner da Arizona Filmes (que fez por exemplo a mais recente campanha da BTV), com Rosália Rodrigues e com Miguel d’Almeida. O grupo esteve nos Açores nas últimas duas semanas – Camilo Lourenço deslocou-se duas vezes a São Miguel – , depois de já ter estado aos fins-de-semana durante a pré-campanha. Contactado pelo PÚBLICO, Camilo Lourenço negou qualquer colaboração com a campanha dos Açores e com o CDS-PP. 

Durante a campanha, a candidatura de Ana Afonso foi acusada de ter colocado no Facebook um post de agradecimento do apoio recebido e com um pedido inusitado: “Preciso do vosso voto no dia 16 de Outubro, preciso que votem no CDS, preciso que me confirmem por mensagem privada se vão votar no CDS no próximo domingo.” Segundo o PS, este post terá sido apagado posteriormente, mas gerou polémica.