Vade retro Pokémon Go!

Bispo italiano inicia cruzada contra jogo que é uma "fábrica de cadáveres ambulantes".

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REUTERS/Ricardo Moraes

Se vir na rua uma pessoa circunspecta a olhar para o telemóvel, fazer um gesto no ecrã e o seu rosto mostrar sinais de satisfação, provavelmente é porque acabou de caçar um Pokémon. O jogo Pokémon Go Roma, lançado em meados de Julho, tem sido um sucesso a nível mundial e tem milhões de seguidores, mas nem todos estão satisfeitos, que o diga o bispo italiano Antonio Stagliano que considera o jogo uma ameaça.

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Se vir na rua uma pessoa circunspecta a olhar para o telemóvel, fazer um gesto no ecrã e o seu rosto mostrar sinais de satisfação, provavelmente é porque acabou de caçar um Pokémon. O jogo Pokémon Go Roma, lançado em meados de Julho, tem sido um sucesso a nível mundial e tem milhões de seguidores, mas nem todos estão satisfeitos, que o diga o bispo italiano Antonio Stagliano que considera o jogo uma ameaça.

O abc do Pokémon Go

Para o prelado responsável pela diocese de Noto este jogo é "mau" e apelida-o de "fábrica de cadávares ambulantes", revela a imprensa italiana, citada pela AFP. Por isso, Stagliano está determinado em interpor uma "acção legal" para proibir o jogo, uma vez que cria uma forte dependência a quem o joga, "alienando milhares e milhares de jovens". Para o bispo o Pokémon Go é semelhante a um "sistema totalitário" como o nazi.

Este religioso não é o primeiro a insurgir-se contra o jogo. Também o realizador norte-americano Oliver Stone fala de "totalitarismo" quando se refere ao Pokémon Go, criticando o seu "nível de intrusão" na privacidade dos jogadores.

Stagliano é um bispo popular entre a imprensa do seu país, em particular pelas suas homílias, nomeadamente uma em que canta os italianos Noemi e Mengoni e que se tornou viral no Facebook.