Terrorismo e nacionalidade

No intuito de combater o terrorismo, e de se precaver contra ele, a Alemanha inclui num pacote de medidas urgentes uma que a França já deixara cair: a perda da nacionalidade para combatentes jihadistas. Se outras medidas de segurança podem fazer sentido (como “criminalizar a apologia do terrorismo”), a perda de nacionalidade não se entende. O ministro alemão do Interior propõe que “cidadãos alemães que combatam com milícias terroristas noutros países e lá participem em operações, se têm dupla nacionalidade – e apenas neste caso –, percam a cidadania alemã”. O problema é que pode haver alemães (sem dupla nacionalidade) a cometer tais crimes. E a Alemanha não pode fechar os olhos a isso. Os 820 alemães que, segundo a AFP, foram combater para a Síria e Iraque em nome do Daesh, deviam, caso seja esse o caminho, ser julgados como alemães, não como “estrangeiros” ou marcianos. Porque não há nacionalidades isentas de crimes.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No intuito de combater o terrorismo, e de se precaver contra ele, a Alemanha inclui num pacote de medidas urgentes uma que a França já deixara cair: a perda da nacionalidade para combatentes jihadistas. Se outras medidas de segurança podem fazer sentido (como “criminalizar a apologia do terrorismo”), a perda de nacionalidade não se entende. O ministro alemão do Interior propõe que “cidadãos alemães que combatam com milícias terroristas noutros países e lá participem em operações, se têm dupla nacionalidade – e apenas neste caso –, percam a cidadania alemã”. O problema é que pode haver alemães (sem dupla nacionalidade) a cometer tais crimes. E a Alemanha não pode fechar os olhos a isso. Os 820 alemães que, segundo a AFP, foram combater para a Síria e Iraque em nome do Daesh, deviam, caso seja esse o caminho, ser julgados como alemães, não como “estrangeiros” ou marcianos. Porque não há nacionalidades isentas de crimes.