Cabul e Bagdad, carrascos e vítimas

Longe das preocupações da Europa pela sua própria segurança, as capitais do Afeganistão e do Iraque voltaram a ser palco de atentados reivindicados pelo Daesh. Em Cabul, homens-bomba mataram pelo menos 80 pessoas e fizeram mais de 240 feridos numa manifestação pacífica. Em Bagdad, um bombista-suicida matou 21 pessoas e feriu pelo menos 35. Em ambos os ataques, o alvo foram xiitas: em Cabul, a minoria xiita hazara, de origem centro-asiática e mongol, que vive no centro do Afeganistão; e em Bagdad a explosão deu-se na zona de maioria xiita de Al Kazemiya. Simples coincidência, ou estratégia do Daesh (que, dizendo-se sunita, tem os xiitas na mira), é ainda cedo para saber. Certo é que Cabul e Bagdad são alvos privilegiados do terrorismo jihadista, e assim continuarão até que o Daesh sofra pesadas e desmoralizadoras derrotas nos redutos onde se acantona. O que não é fácil, apesar dos desejos e dos muitos planos nesse sentido.

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Longe das preocupações da Europa pela sua própria segurança, as capitais do Afeganistão e do Iraque voltaram a ser palco de atentados reivindicados pelo Daesh. Em Cabul, homens-bomba mataram pelo menos 80 pessoas e fizeram mais de 240 feridos numa manifestação pacífica. Em Bagdad, um bombista-suicida matou 21 pessoas e feriu pelo menos 35. Em ambos os ataques, o alvo foram xiitas: em Cabul, a minoria xiita hazara, de origem centro-asiática e mongol, que vive no centro do Afeganistão; e em Bagdad a explosão deu-se na zona de maioria xiita de Al Kazemiya. Simples coincidência, ou estratégia do Daesh (que, dizendo-se sunita, tem os xiitas na mira), é ainda cedo para saber. Certo é que Cabul e Bagdad são alvos privilegiados do terrorismo jihadista, e assim continuarão até que o Daesh sofra pesadas e desmoralizadoras derrotas nos redutos onde se acantona. O que não é fácil, apesar dos desejos e dos muitos planos nesse sentido.