Comitiva portuguesa, por enquanto, sem queixas da aldeia olímpica

Há casos complicados, mas as instalações dos atletas nacionais estão a funcionar.

Fotogaleria

Atletas de todo o mundo começaram a instalar-se na aldeia olímpica do Rio de Janeiro, onde no dia 5 de Agosto a cerimónia de abertura dará início a mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Houve muitas queixas e a chefe de missão da Austrália no Rio 2016, Kitty Chiller, afirmou mesmo que a aldeia olímpica “não é segura”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Atletas de todo o mundo começaram a instalar-se na aldeia olímpica do Rio de Janeiro, onde no dia 5 de Agosto a cerimónia de abertura dará início a mais uma edição dos Jogos Olímpicos. Houve muitas queixas e a chefe de missão da Austrália no Rio 2016, Kitty Chiller, afirmou mesmo que a aldeia olímpica “não é segura”.

“Há questões a serem resolvidas em três áreas principais, que são canalização, gás e electricidade. Todas essas questões colocam os atletas em risco”, frisou a responsável, justificando a decisão da comitiva australiana não ficar alojada na aldeia olímpica. “Não sabemos exactamente quando as questões internas vão ser solucionadas, mas é importante que não tomemos nenhuma decisão precipitada. Assim que estiver resolvido, voltaremos para cá. Não temos nada contra a aldeia olímpica e não vamos deixar de nos hospedar aqui”, acrescentou Chiller, prevendo que a comitiva da Austrália possa instalar-se na quarta-feira.

O presidente do Comité Olímpico da Argentina, Gerardo Werthein, também ficou mal impressionado: “Dos cinco pisos que nos foram atribuídos, dois estão inabitáveis. Parece-nos prudente alugar apartamentos externos à aldeia olímpica para que os nossos atletas estejam bem. Não podemos correr nenhum risco”, sublinhou o mesmo responsável.

Contactado pelo PÚBLICO, o chefe da missão portuguesa aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro admitiu que houve situações negativas, mas que tudo foi resolvido. “Na primeira noite houve o entupimento de um chuveiro e num apartamento o gás não funcionou. Mas logo nesta manhã resolveram o problema”, explicou José Garcia.

“Há casos complicados. Cada bloco foi construído por empreiteiros distintos e a construção do nosso prédio parece ter sido boa. Incomparavelmente melhor do que a construção dos prédios de outros países, que nem tinham luz. Temos água, luz e internet”, acrescentou.

José Garcia viajará para o Rio de Janeiro no dia 1 de Agosto e, por enquanto, tem acompanhado a situação por intermédio da sua adjunta e dos restantes elementos que já se encontram no Brasil. “Viajaram no dia 20, para fazer o registo da comitiva, e encontraram as coisas muito, muito atrasadas. Não esperávamos encontrar os prédios neste atraso, neste período. Mas as coisas têm evoluído de forma muito significativa. O lixo que estava nos apartamentos saiu e problemas de canalização e electricidade foram resolvidos”, disse o chefe da missão olímpica portuguesa.

A selecção de futebol e os atletas do badminton já viajaram, mas não estão no Rio nem na aldeia olímpica – para já os únicos portugueses que lá estão instalados são três velejadores.