Os “beijos” dos cães: inofensivos ou maus para a saúde?

John Oxford, docente de virologia e bacteriologia em Londres, diz que jamais deixaria um cão lamber a cara dele

Foto
skeeke/ Pixabay

Não é uma boa notícia para muitos amantes de cães que não dispensam os beijos em forma de lambidela dos patudos. John Oxford, investigador da Universidade de Queen Mary, em Londres, alertou recentemente para os perigos destes mimos caninos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Não é uma boa notícia para muitos amantes de cães que não dispensam os beijos em forma de lambidela dos patudos. John Oxford, investigador da Universidade de Queen Mary, em Londres, alertou recentemente para os perigos destes mimos caninos.

O docente de virologia e bacteriologia diz que jamais deixaria um cão lamber a sua cara, independentemente do quão limpo e cheiroso estivesse o animal. "Não é apenas o que ele tem na saliva. Os cães passam metade do tempo com o focinho em lugares sujos ou a cheirar dejectos de outros animais, cheios de bactérias, vírus e germes", escreveu no Hippocraticpost, um projecto online dedicado à área da saúde.

As patologias carregadas pelos bichos passam pela salmonela, a campylobacter, bactéria responsável por diarreia em humanos, ou E-coli, que pode levar a diarreia, vómitos e desidratação. 

A boa notícia é que as crianças que crescem com cães têm menos probabilidade de desenvolver asma e alergias. Portanto, contacto mas sem lambidelas na cara há-de ser um bom equilíbrio.