Examinadora e instrutor de condução do Porto acusados de corrupção

Arguidos cobravam dinheiro extra aos alunos para assegurar a sua aprovação no exame.

Foto
Examinadora e instrutor pediam não menos que 200 euros aos alunos para aprová-los no exame Paulo Pimenta

O Ministério Público (MP) acusou uma examinadora e um instrutor de uma escola de condução do Porto de um crime de corrupção passiva por alegadamente cobrarem dinheiro extra aos alunos para assegurar a sua aprovação no exame.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Ministério Público (MP) acusou uma examinadora e um instrutor de uma escola de condução do Porto de um crime de corrupção passiva por alegadamente cobrarem dinheiro extra aos alunos para assegurar a sua aprovação no exame.

De acordo com informação publicada na página da Internet da Procuradoria-Geral Distrital (PGD) do Porto, a acusação foi deduzida no dia 13, imputando o MP a ambos a prática, em co-autoria, de um crime de corrupção passiva.

A examinadora do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e o instrutor de uma escola de condução do Porto "combinaram entre si solicitar dinheiro aos candidatos a exame de condução que fossem alunos do arguido e viessem a ser examinados pela arguida, em montante não inferior a 200 euros, dinheiro que depois repartiam entre si", refere a PGD.

O MP suspeita que o instrutor solicitou a verba a uma aluna no dia 15 de Junho do ano passado e que esta, "cumprindo a mesma", lhe entregou 200 euros quatro dias depois, aquando do seu exame de condução.

O instrutor terá entregado 100 euros no mesmo dia à examinadora do IMT, "como contrapartida pela facilitação do exame e conseguinte aprovação, guardando para si o restante".