Easyjet pede para manter o Reino Unido no mercado de aviação único

Transportadora vai “continuar a trabalhar em opções alternativas que permitam manter a rede e operação actuais”.

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Empresa pretende "manter a rede e operação actuais” AFP PHOTO/FABRICE COFFRINI

A Easyjet, uma companhia aérea low cost britânica com operações em Portugal, afirma que o resultado do referendo não terá um impacto na estratégia da empresa, mas já fez apelos ao Reino Unido e à Comissão Europeia para que aquele país se mantenha no mercado de aviação único.

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A Easyjet, uma companhia aérea low cost britânica com operações em Portugal, afirma que o resultado do referendo não terá um impacto na estratégia da empresa, mas já fez apelos ao Reino Unido e à Comissão Europeia para que aquele país se mantenha no mercado de aviação único.

“Escrevemos hoje ao Governo do Reino Unido e à Comissão Europeia solicitando que considerem como prioritária a manutenção do Reino Unido no mercado de aviação único da União Europeia, tendo em conta a sua importância para a economia e consumidores”, afirmou a presidente executiva da empresa, Carolyn McCall.

O Reino Unido ainda não fez o pedido formal de saída da UE (algo que o primeiro-ministro demissionário David Cameron indicou que deverá ser feito pelo seu sucessor) e não há alterações imediatas na circulação de pessoas e bens.

Um comunicado emitido pela transportadora afirma que “o principal enfoque da EasyJet será o de acelerar as discussões com os governos do Reino Unido, da União Europeia e reguladores”  para “permitir que as companhias aéreas da União Europeia voem livremente dentro do espaço aéreo do Reino Unido e entre o Reino Unido e a União Europeia”.

A empresa faz também questão de tentar apaziguar os anseios dos investidores, num dia em que os mercados financeiros se estão a retrair, com a libra a afundar para níveis da década de 1980 e a bolsa em queda. “Perante o resultado do referendo de ontem, a favor da saída da UE por parte do Reino Unido, a Easyjet está confiante que o mesmo não vai ter um impacto material na estratégia ou capacidade da empresa em entregar ganhos e retornos sustentáveis aos seus accionistas”.

A companhia afirma ainda que vai “continuar a trabalhar em opções alternativas que permitam manter a rede e operação actuais”. Em Portugal, o número de passageiros transportados pela Easyjet aumentou perto de 23% no semestre que terminou em Março, atingindo 2,2 milhões de passageiros