A cultura Beat acorda Paris

Organizada pelo Centro Pompidou, e considerada a primeira grande retrospectiva dedicada ao movimento de inspiração literária e artística, inaugura a 22 de Junho para gáudio de entusiastas e críticos, historiadores e hipsters, jovens poetas e velhos pintores.

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Allen Ginsberg, uma das personalidades da Beat Generation

William Burroughs, Allen Ginsberg, Brion Gysin, Robert Frank, Stan Brakhage ou Wallace Berman. Aqui estão algumas das personalidades de Beat Generation, talvez a mais aguardada exposição da Primavera em Paris. Organizada pelo Centro Pompidou, e considerada a primeira grande retrospectiva dedicada ao movimento de inspiração literária e artística, inaugura a 22 de Junho no espaço parisiense para gáudio de entusiastas e críticos, historiadores e hipsters, jovens poetas e velhos pintores. O objectivo da exposição já foi anunciado pelos curadores Jean-Jacques Lebel, Philippe-Alain Michaud, e Rani Singh: mapear as produções que a deriva nómada da cultura beat foi deixando em Paris, Nova Iorque, São Francisco, México e Tânger.

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William Burroughs, Allen Ginsberg, Brion Gysin, Robert Frank, Stan Brakhage ou Wallace Berman. Aqui estão algumas das personalidades de Beat Generation, talvez a mais aguardada exposição da Primavera em Paris. Organizada pelo Centro Pompidou, e considerada a primeira grande retrospectiva dedicada ao movimento de inspiração literária e artística, inaugura a 22 de Junho no espaço parisiense para gáudio de entusiastas e críticos, historiadores e hipsters, jovens poetas e velhos pintores. O objectivo da exposição já foi anunciado pelos curadores Jean-Jacques Lebel, Philippe-Alain Michaud, e Rani Singh: mapear as produções que a deriva nómada da cultura beat foi deixando em Paris, Nova Iorque, São Francisco, México e Tânger.

Ou seja, não se limitará a reconstituir as pequenas novelas da fundação do movimento. Sem olvidar os primeiros encontros no início dos anos 50, em Nova Iorque entre William Burroughs, Allen Ginsberg et Jack Kerouac, a influência de Lawrence Ferlinghetti e da editora City Light, Beat Generation pretende sair em viagem. A caminho de Paris onde, entre 1958 e 1963, Brion Gysin, William Burroughs et Antony Balch desenvolveram a técnica do cut-up e Byron Gysin inventou a sua Dreamachine, uma máquina de luz estroboscópica. E de regresso à California para apreciar, na década de 60, as extensões da cultura beat à cena artística local, com as obras de Wallace Berman, Bruce Conner, George Herms, Wally Hedrick ou Jay DeFeo.

Refira-se que a exposição dará especial relevo ao uso das técnicas analógicas usadas pelos artistas (gira-discos, rádios, telefones, câmaras, máquinas fotográficas, magnetofones), recordando a apetência que a Beat tinha pela inovação, a criatividade e a tecnologia. Mas esse é um tema polémico e, talvez, até embaraçoso, a explorar noutra ocasião. Resta acrescentar que Beat Generation incluirá ainda obras de cineastas (Christopher MacLaine, Bruce Baillie, Stan Brakhage, Stan Vanderbeek) e de fotógrafos (Robert Frank, Charles Brittin, John Cohen, Harold Chapman) e contrariando a misoginia associada a muito dos seus protagonistas, incluirá a poesia de duas mulheres: Joanne Kyger and Diane di Prima. Paris está à nossa espera.