Olisipíadas chegam ao fim, com a promessa de regressar em 2017

As competições finais desta iniciativa da Câmara de Lisboa, que mobilizou cerca de oito mil crianças, realizam-se este fim-de-semana no Estádio Universitário. Para o ano poderá haver novas modalidades.

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Manuel Levita

A segunda edição das Olisipíadas, que este ano envolveu cerca de oito mil crianças na prática de 12 modalidades desportivas, termina este fim-de-semana no Estádio Universitário de Lisboa, onde terão lugar as competições finais mas também actividades de experimentação e várias demonstrações. A introdução de novas modalidades e o alargamento da iniciativa a crianças de cinco anos são algumas das novidades na calha para a edição de 2017.

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A segunda edição das Olisipíadas, que este ano envolveu cerca de oito mil crianças na prática de 12 modalidades desportivas, termina este fim-de-semana no Estádio Universitário de Lisboa, onde terão lugar as competições finais mas também actividades de experimentação e várias demonstrações. A introdução de novas modalidades e o alargamento da iniciativa a crianças de cinco anos são algumas das novidades na calha para a edição de 2017.

“Este ano fomos audazes”, observa o vereador do Desporto da Câmara de Lisboa, constatando que na edição de 2016 das Olisipíadas houve “mais de cem momentos de promoção do desporto”, “em todo o território” da cidade. Jorge Máximo sublinha que mais uma vez perto de 70% dos participantes não eram federados e lembra que o grande objectivo desta iniciativa do município é incutir nas crianças “os bons valores do desporto”.

Atletismo, ciclismo, natação, ténis de mesa, ginástica, judo, xadrez, andebol, basquetebol, futebol, rugby e voleibol foram as 12 modalidades que as crianças com idades entre os seis e os 14 anos puderam praticar este ano. O xadrez foi a grande novidade em relação à edição anterior.

Fora da competição, houve também oportunidade para os interessados experimentarem outros desportos, incluindo “modalidades que tipicamente são de desporto adaptado”, como boccia e goalball. “As Olisipíadas são totalmente inclusivas”, frisa a esse respeito Jorge Máximo, notando em declarações ao PÚBLICO que se conseguiu pôr crianças com e sem deficiências “a praticar em conjunto” diferentes actividades.

Canoagem, corfebol, orientação, pelota basca, voleibol sentado e canoagem foram outras das modalidades que os interessados tiveram oportunidade de experimentar nos últimos meses. O vereador do Desporto explica que aquilo que se pretende é “usar a marca, a força das Olisipíadas” para mostrar aos jovens que “há outras modalidades que podem praticar”.

Para o autarca socialista, “um indicador de sucesso” destes jogos de Lisboa é o facto de haver vários clubes e federações a apelar à câmara para que a lista de 12 modalidades seja alargada. “As Olisipíadas são um fórum de visibilidade muito importante das modalidades”, constata, acrescentando que “quem não está quer estar na competição”.

Atendendo a isso, e tendo por base a convicção de que nesta iniciativa se deve “apostar no ecletismo”, Jorge Máximo admite que na edição de 2017 possam ser introduzidas novas modalidades. Em cima da mesa está também a possibilidade de a participação nas Olisipíadas ser alargada a crianças de cinco anos.

O vereador reconhece que ainda não foi este ano que se chegou à meta das dez mil inscrições, mas observa que este era “um número bastante exigente”. Seja como for, entre 2015 e 2016 houve um crescimento, de cerca de cinco mil para oito mil inscritos.

Este fim-de-semana, o Estádio Universitário de Lisboa recebe as competições finais das diferentes modalidades, bem como experimentações e demonstrações de parkour e de pelota basca. Jorge Máximo sublinha que a ideia é que este momento seja “uma festa para as famílias”, e não só para aqueles que ao longo dos últimos meses participaram nas Olisipíadas.

Na sexta-feira realiza-se, na Praça do Município, a “cerimónia de abertura da festa final”, que terá como ponto alto a chegada de uma representação da tocha olímpica que cumprirá um percurso com passagem pelas 24 freguesias de Lisboa. A ideia desta cerimónia, que incluirá ainda uma “descida de ginastas em rappel do edifício dos Paços do Concelho”, é também assinalar o Dia Olímpico.

Lembrando que a esta iniciativa se juntam várias outras, como a celebração recente do Dia Paralímpico e o Programa de Educação Olímpica que tem vindo a ser promovido nalgumas escolas de Lisboa, Jorge Máximo constata que tudo isto faz parte do “caminho” que se pretende percorrer até 2021. A ambição de Lisboa é ser a Capital Europeia do Desporto nesse ano.