Arquitectura portuguesa viaja até à Bienal de Veneza
Exposição paralela conta com a participação de três portugueses cujo trabalho gravita em torno da arquitectura
“Tempo — Espaço — Existência” é o tema da exposição que integra a edição de 2016 da Bienal de Arquitectura de Veneza e na qual vão participar três portugueses: Ricardo Oliveira Alves, Nelson Garrido e Paulo Moreira.
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“Tempo — Espaço — Existência” é o tema da exposição que integra a edição de 2016 da Bienal de Arquitectura de Veneza e na qual vão participar três portugueses: Ricardo Oliveira Alves, Nelson Garrido e Paulo Moreira.
Nesta mostra paralela à programação da Bienal, a Global Art Affairs Foundation (GAAF) seleccionou fotógrafos de arquitectura de todo o mundo para a estreia da fotografia no evento. Em “Tempo — Espaço — Existência” cabem também projectos de arquitectos, como é o caso de Paulo Moreira. O trabalho deste português, vencedor do prémio Távora 2012, falou ao P3 em 2015 a propósito de um projecto para o bairro portuense do Aleixo no qual propõe a redução das torres a apenas seis pisos.
Mas é na fotografia de arquitectura, pela primeira vez destacada na Bienal com a presença de 20 fotógrafos de todo o mundo, que se destaca o trabalho de Ricardo Oliveira Alves e Nelson Garrido, fotojornalista do PÚBLICO.
Duas fotografias impressas em grande formato e em chapa de alumínio escovado foi o que Ricardo Oliveira Alves decidiu levar até Itália, representando a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e a Casa em Colares, Sintra, de Frederico Valsassina Arquitectos.
Já Nelson Garrido leva o projecto “Home Less”, uma série de fotografias que retrata a mudança da paisagem portuguesa com a crise económica e o desaire no sector da construção civil. “Nelson Garrido observa como ficaram suspensas as promessas de futuro em forma de casa”, escreveu o PÚBLCO em Setembro de 2015.
A Bienal de Arquitectura de Veneza 2016 arranca já no próximo dia 28 de Maio e são vários os portugueses que vão estar presentes. Álvaro Siza Vieira vai ser o representante de Portugal na exposição internacional com o projecto de habitação social que fez para a ilha da Giudecca, em Veneza, na década de 1980. Um ateliê de arquitectura do México, co-fundado pelo português João Boto Caeiro, apresentará projectos de natureza humanitária desenvolvidos na região de Oaxaca. E um grupo de designers e arquitectos, convidados pela Experimentadesign, terá na Bienal a oportunidade de mostrar, pela primeira vez, trabalhos que utilizem a pedra portuguesa.