Google quer “emojis” que mostrem as profissões das mulheres

Empresa desenhou 13 novos “emojis” que representam mulheres com diferentes profissões. Cada símbolo tem o seu equivalente masculino. É uma forma de promover a igualdade e combater o sexismo

Foto

Se olharmos para o actual teclado de "emojis" disponível nos dispositivos móveis, as mulheres são retratadas a dançar, a cortar o cabelo, a pintar as unhas. Os estereótipos estão todos : há um polícia, mas não uma polícia; há um operário da construção civil, mas não uma trabalhadora; há uma princesa, mas não um príncipe. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Se olharmos para o actual teclado de "emojis" disponível nos dispositivos móveis, as mulheres são retratadas a dançar, a cortar o cabelo, a pintar as unhas. Os estereótipos estão todos : há um polícia, mas não uma polícia; há um operário da construção civil, mas não uma trabalhadora; há uma princesa, mas não um príncipe. 

Numa tentativa de "aumentar a representação de mulheres nos 'emojis" e promover a igualdade entre géneros, uma equipa de quatro trabalhadores da Google apresentou ao Unicode Consortium, responsável pela gestão e padronização destes símbolos, 13 novos "emojis" que apresentam mulheres com diferentes profissões nas áreas de tecnologia, indústria, saúde, ciência, educação, agricultura, alimentação e empresas. Cada "emoji" tem também o seu equivalente masculino.

A empresa espera assim destacar a "diversidade das carreiras das mulheres" e "capacitar" mais as meninas e as jovens (as maiores utilizadoras de "emojis") de todo o mundo. Um desejo que, aliás, já tinha sido expresso por Michelle Obama, que em Março "tweetou" que gostava de ver "um emoji de uma menina a estudar". Ao "The Guardian", Jeremy Burge, membro do subcomité do consórcio e fundador da Emojipedia, mostrou-se optimista quanto à adopção destes símbolos. A proposta, diz, é "pragmática" no que toca ao código, o que significa que poderia ser posta em prática rapidamente. Podem surgir mais novidades em Agosto, quando o comité técnico do Unicode se reunir.

Quem sabe, se as mudanças até não vão mais longe no futuro: no final do documento (em pdf), a Google encoraja outros membros do consórcio a pensar num sistema de "emojis" que também represente aqueles que não se identificam especificamente com o género masculino ou feminino.