PSD diz que baixa do imposto sobre combustível “é brincadeira”

CDS também critica anúncio do Governo por ser pouco face ao esperado.

Foto
Reacção da direita aos novos preços dos combustíveis Foto: Fernando Veludo/ NFactos (arquivo)

Uma “brincadeira” e um anúncio que “vem tarde e vem pela metade”. PSD e CDS reagiram com críticas ao anúncio do Governo da baixa do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Uma “brincadeira” e um anúncio que “vem tarde e vem pela metade”. PSD e CDS reagiram com críticas ao anúncio do Governo da baixa do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

“Aquilo que [o Governo] deveria baixar para cumprir as metas orçamentais era dois, porventura três cêntimos. Baixa um cêntimo. Talvez isso esconda as dificuldades orçamentais do Governo e a necessidade de reforço de receita, mas é uma falta de respeito para com os portugueses e os contribuintes", afirmou o deputado do PSD Duarte Pacheco em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Logo depois a deputada Cecília Meireles, do CDS, considerou que o anúncio do Governo “vem tarde e pela metade”. “Muitos consideram é que a baixa seria de dois ou três cêntimos, o dobro ou o triplo do que foi anunciado”, disse a parlamentar, criticando o atraso do Executivo em baixar o imposto nos últimos meses. Cecília Meireles defendeu que a revisão mensal do ISP seria um critério razoável para afinar o custo para os automobilistas.

Duarte Pacheco aproveitou para classificar também como uma “brincadeira e uma falta de respeito” o que está a acontecer com a entrega das declarações de IRS. O deputado considera que o Estado deveria devolver o que recebeu indevidamente e não exigir uma segunda declaração na esperança de que haja “muitos cidadãos que pela idade ou desconhecimento não façam a segunda declaração e assim o Estado fica com esse dinheiro”.

O PSD vai chamar a Deco – Associação de Defesa dos Consumidores e, eventualmente, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade, para prestar esclarecimentos sobre o IRS e o ISP.