Emel recebeu nove propostas para as bicicletas partilhadas

À segunda tentativa, subiu o valor da proposta mais baixa

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A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (Emel) recebeu nove propostas no âmbito do concurso público para a “aquisição, implementação e operação” de um sistema de bicicletas de uso partilhado na capital. Neste concurso, lançado depois de o primeiro ter fracassado, caiu o número de propostas mas aumentou o valor da mais baixa.

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A Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (Emel) recebeu nove propostas no âmbito do concurso público para a “aquisição, implementação e operação” de um sistema de bicicletas de uso partilhado na capital. Neste concurso, lançado depois de o primeiro ter fracassado, caiu o número de propostas mas aumentou o valor da mais baixa.

O primeiro concurso, lançado em 2015, tinha despertado o interesse de 13 entidades, das quais apenas 11 o formalizaram. Todas as propostas acabaram por ser excluídas, várias delas por apresentarem documentos em língua estrangeira e pela falta de documentos comprovativos de determinadas certificações. Houve também concorrentes excluídos por não darem resposta a algumas exigências do programa de concurso e por apresentarem soluções que ficavam aquém daquilo que se pedia.

Nessa altura, a proposta mais baixa aproximou-se dos 16 milhões de euros, quando o preço base do concurso tinha sido fixado em 28,9 milhões de euros. Tanto o presidente do conselho de administração da Emel como um dos seus administradores manifestaram a expectativa de que a realização de um segundo concurso se traduzisse numa redução dos valores das propostas.

Mas a julgar por informações transmitidas ao PÚBLICO por fonte ligada ao processo não foi isso que se verificou. De acordo com essa fonte, desta vez a proposta de valor mais baixo foi de 21,3 milhões de euros.

Segundo contas anteriormente divulgadas pela Emel, que não respondeu às perguntas do PÚBLICO enviadas esta sexta-feira, o sistema de bicicletas públicas partilhadas deverá obrigar à injecção anual de um valor entre 900 mil e 1,7 milhões de euros, consoante as receitas dos passes e bilhetes e da publicidade.

No primeiro ano de actividade, a empresa prevê conquistar três mil utilizadores regulares, que terão que pagar 36 euros por ano para pedalar. Além disso estão previstos “bilhetes ocasionais”, que segundo João Dias, vogal do conselho de administração da Emel, deverão custar dez euros por dia.