Yahoo vai despedir 15% dos seus trabalhadores e fechar cinco escritórios

Marissa Mayer, CEO da Yahoo, tem sido alvo de fortes pressões por parte de vários grupos de investidores que pedem alterações na administração da empresa.

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O corte representa entre 1600 a 1700 despedimentos Justin Sullivan/AFP

A CEO da Yahoo, Marissa Mayer, anunciou na passada terça-feira que iria cortar entre 1600 a 1700 trabalhadores da sua estrutura, além confirmar o fecho de cinco escritórios localizados fora dos Estados Unidos e a venda de vários activos da empresa.

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A CEO da Yahoo, Marissa Mayer, anunciou na passada terça-feira que iria cortar entre 1600 a 1700 trabalhadores da sua estrutura, além confirmar o fecho de cinco escritórios localizados fora dos Estados Unidos e a venda de vários activos da empresa.

Mayer afirmou tratar-se de “um plano estratégico agressivo” que acredita poder “acelerar a transformação da Yahoo”. “Isto é um plano forte que exige mudanças arrojadas nos produtos e nos recursos”, sublinhou a CEO.

Este plano inclui portanto um corte de 15% do total da força trabalhadora da empresa. Com este corte, o número total de trabalhadores deve descer para os 9000 até ao final de 2016, data onde a empresa americana também pretende ter reduzido os seus freelancers para um número inferior a 1000. Em termos financeiros, este corte pretende poupar à Yahoo mais de 360 milhões de euros anuais.

Sobre o fecho dos escritórios estrangeiros, o The Guardian ainda avançou que seriam os de Dubai, Cidade do México, Buenos Aires, Madrid e Milão os sacrificados como parte do seu plano de streamlining da companhia.  

Além destas medidas, a empresa prevê ainda proceder à venda de vários dos seus activos, que pretendem alcançar valores entre os 900 milhões e os 2,7 mil milhões de euros. Nestes activos, incluem-se as secções Yahoo Games, Yahoo TV assim como várias publicações digitais criadas com Mayer ao leme.

De facto, se a empresa está neste estado, deve-se em parte ao facto das suas acções terem caído em cerca de 33% durante o ano passado, tendo sido registada uma queda de 17% só nos últimos três meses.

Por essa razão uma mudança na direcção da Yahoo é algo que os investidores têm vindo a pressionar nos últimos tempos de forma mais cerrada. Uma carta da Starboard, um dos grupos de investidores da empresa, à qual vários órgãos de comunicação tiveram acesso, chegou aquando da divulgação do último relatório e pedia uma mudança na administração, que incluía Marissa Mayer.

A CEO aproveitou o anúncio para negar várias acusações feitas na comunicação social de que tem sido alvo e também respondeu aos investidores, afirmando que a Yahoo é actualmente uma empresa “muito mais forte e mais moderna” do que a que herdou ao entrar em funções.

Apesar da queda na confiança à sua gestão, a responsável reforçou a sua visão, dizendo que o facto da empresa ser mais pequena vai “melhorar de forma dramática o futuro, melhorar a sua competitividade e a sua atractividade para investidores, utilizadores e parceiros”.

No entanto, Ken Goldman, CFO da empresa, revelou à Associated Press que a reacção dos investidores foi “neutra” e admitiu ainda erros cometidos pela administração da empresa, na qual se inclui, que estão agora a tentar corrigir. “Nenhum de nós é perfeito no nosso poder de decisão, mas estou confiante em relação ao plano que estamos a pôr em prática e acredito este ser o mais acertado”, disse.

Editada por Luciano Alvarez