Universidade de Coimbra reduz desperdício alimentar para metade

Entre Abril de 2015 e Janeiro deste ano, o desperdício de comida nas cantinas passou de oito para quatro toneladas por mês.

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As próprias cantinas são também vistas pelos alunos como espaços sem cor Adriano Miranda

O desperdício alimentar nas unidades alimentares da Universidade de Coimbra foi reduzido para metade em menos de um ano. Se em Abril de 2015 a comida não aproveitada atingia as oito toneladas, o valor agora registado é de quatro toneladas por mês.

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O desperdício alimentar nas unidades alimentares da Universidade de Coimbra foi reduzido para metade em menos de um ano. Se em Abril de 2015 a comida não aproveitada atingia as oito toneladas, o valor agora registado é de quatro toneladas por mês.

A contribuir para esta diminuição está a campanha “Menos é igual a mais”, levada a cabo pelos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), que procurou sensibilizar a comunidade académica e introduzir alterações na forma de confecção dos pratos.

Segundo o comunicado enviado nesta terça-feira pela Universidade de Coimbra (UC), o resultado obtido “demonstra um impacto bastante considerável no combate ao desperdício” e “superou as expectativas” da campanha, que já tinha sido reconhecida.

A Secretaria de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, do primeiro executivo de Passos Coelho, atribuiu o selo de reconhecimento “PRATØ – Boas Práticas de Prevenção do Desperdício Alimentar” ao Xiribitatatatá, um folhado em forma de cesto confecionado com o aproveitamento de sobras de pratos de carne, peixe ou vegetarianos.

As quatro toneladas são relativas aos alimentos desperdiçados na totalidade da rede dos SASUC, que inclui 10 cantinas, 4 bares e 3 restaurantes universitários.

Em 2015 o número de refeições servidas nestes espaços aumentou quando comparado com 2014, ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior. No total, em 2015 foram servidas 925 mil refeições, quando este número tinha sido de cerca de 859 mil em 2014.

A acompanhar a evolução da afluência, também a taxa de satisfação aumentou. Avaliada através de questionários recolhidos em cantinas e bares, este indicador passou de 65% em 2014 para 68% em 2015. Os serviços da Universidade de Coimbra atribuem o aumento da taxa de satisfação e de refeições servidas a factores como a disponibilização de refeição aos fins-de-semana e a prestação de apoio alimentar contínuo durante as principais festividades académicas.

Outras instituições de ensino superior têm levado a cabo campanhas semelhantes. Em Abril do ano passado a Universidade do Minho anunciou também que tinha conseguido reduzir a metade o desperdício alimentar nas suas cantinas.