O nevoeiro no futebol do Benfica nunca se dissipou na Choupana

Os “encarnados” empataram a zero no Funchal frente ao União da Madeira e o tricampeonato começa ?a ser uma miragem para as “águias”. Os benfiquistas estão agora a sete pontos do líder Sporting.

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O Benfica perdeu pontos no jogo contra o União da Madeira Rafael Marchante/Reuters

O Benfica foi nesta terça-feira ao Funchal acertar mal o seu calendário e esbanjou mais dois pontos que deixam os “encarnados” a sete longínquos pontos do líder Sporting, com apenas 13 jornadas cumpridas. A equipa de Rui Vitória só na segunda parte conseguiu incomodar o União, mas a equipa de Luís Norton de Matos defendeu com valentia o nulo no marcador e conquistou um importante ponto na luta pela permanência.

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O Benfica foi nesta terça-feira ao Funchal acertar mal o seu calendário e esbanjou mais dois pontos que deixam os “encarnados” a sete longínquos pontos do líder Sporting, com apenas 13 jornadas cumpridas. A equipa de Rui Vitória só na segunda parte conseguiu incomodar o União, mas a equipa de Luís Norton de Matos defendeu com valentia o nulo no marcador e conquistou um importante ponto na luta pela permanência.

Embora tenha apresentado na Choupana o 19.º “onze” diferente em 22 jogos oficiais nesta época, a gestão de Rui Vitória foi feita com pinças. O treinador do Benfica fez subir ao relvado 10 dos jogadores que tinham iniciado a partida no Estádio do Bonfim — a troca de Samaris por Fejsa foi a novidade —, mas a qualidade do desempenho da equipa no Funchal caiu a pique em relação ao que se tinha visto em Setúbal.

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Perante uma equipa que atravessa uma situação sui generis — antes do jogo, a saída de Norton de Matos parecia ser um dado adquirido, após a partida do União contra o Sporting no próximo domingo —, o Benfica entrou em campo com soberba q.b. e durante a primeira parte o que se viu foi uma enorme falta de clareza de ideias.

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Com Renato Sanchez menos influente do que em partidas anteriores e falta de largura atacante, o Benfica tinha quase sempre a bola na sua posse, mas nunca conseguiu criar desequilíbrios na rigorosa defesa madeirense e, na primeira parte, as melhores oportunidades pertencerem mesmo à equipa de Norton de Matos: aos 11’, Cádiz no meio dos defesas benfiquistas quase fez de cabeça o 1-0; aos 17’, foi Júlio César a impedir que Shehu inaugurasse o marcador.

Apático, o Benfica pouco ou nada incomodava André Moreira e o melhor que se viu por parte dos “encarnados” nos primeiros 45 minutos foi um desperdício de Jonas, que não soube aproveitar uma hesitação do jovem guarda-redes do União.

Como pior era difícil, na segunda parte houve mais Benfica. Dez segundos depois de Cosme Machado apitar para o reatamento da partida, Mitroglou, assistido por Pizzi, desperdiçou a melhor oportunidade de golo — mérito de André Moreira —, e quatro minutos depois foi Pizzi a criar muito perigo.

Com as suas linhas cada vez mais recuadas, o União da Madeira praticamente abdicou de tentar o ataque e, com os caminhos para a baliza tapados, o Benfica foi tentando a meia distância, mas nem Pizzi, nem Renato Sanchez mostravam ter a pontaria afinada. Pizzi, claramente o mais inconformado dos lisboetas, voltou a estar perto do golo aos 64’, mas aos poucos as “águias” foram perdendo gás e apenas em período de descontos voltaram a estar perto da vitória — Talisca, no entanto, não acertou na baliza, mantendo um nulo no marcador que deixa o Benfica a sete pontos do Sporting e faz com que o tricampeonato comece a ser uma miragem para os lados da Luz.