Ministro admite que há muitas camas hospitalares ocupadas por casos sociais

Paulo Macedo garante que pessoas estão a ser encaminhadas, mas não ao ritmo desejável.

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A crise económica pode levar familiares de idosos a pedirem a interdição destes com o objectivo de aceder ao seu património Daniel Rocha

“Durante este período de quatro anos tivemos mais casos sociais e não é tarefa dos hospitais ter pessoas que não precisam de lá estar por razões de saúde”, afirmou Paulo Macedo aos jornalistas, à margem de uma apresentação de um estudo da Universidade Nova de Lisboa sobre as políticas públicas de saúde tomadas nesta legislatura. Mesmo assim, o ministro defendeu que “houve uma muito melhor articulação com a Segurança Social e uma criação de um melhor reencaminhamento de pessoas necessitadas, em que se conseguiu uma maior agilização no encaminhamento para outras valências, como lares”.

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“Durante este período de quatro anos tivemos mais casos sociais e não é tarefa dos hospitais ter pessoas que não precisam de lá estar por razões de saúde”, afirmou Paulo Macedo aos jornalistas, à margem de uma apresentação de um estudo da Universidade Nova de Lisboa sobre as políticas públicas de saúde tomadas nesta legislatura. Mesmo assim, o ministro defendeu que “houve uma muito melhor articulação com a Segurança Social e uma criação de um melhor reencaminhamento de pessoas necessitadas, em que se conseguiu uma maior agilização no encaminhamento para outras valências, como lares”.

Contudo, o protocolo com a Segurança Social para resolver de forma mais ágil este problema foi assinado há vários meses e ainda não saiu do papel, noticiou a Antena 1, adiantando que só no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho já foram contabilizados neste ano 27 casos de pessoas que, por motivos sociais, ficaram internadas após a alta. Em 2014 tinham sido 41 e em 2013 o número ficou-se pelas 33.

Questionado sobre o tema, o ministro reiterou que as pessoas estão a ser encaminhadas e que “a questão é o ritmo a que isso é feito”. Macedo admitiu, no entanto, que o principal problema continua a fazer-se sentir na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde frisou que, apesar de tudo, existiam 1200 camas de cuidados continuados há quatro anos e que agora são 2000.