Fragmento de cometa sobrevoou Santo Aleixo da Restauração e desintegrou-se em território espanhol

Objecto entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade superior a 100 mil quilómetros por hora e provocou uma bola de fogo que produziu uma luminosidade equivalente à lua cheia.

Foto
O fragmento desintegrou-se a poucos quilómetros da fronteira com Portugal DR (arquivo)

A informação foi prestada ao início da manhã de hoje pelo Complexo Astronómico de La Hita, sediado em Toledo (Espanha), através de comunicado, onde se precisava que o fragmento entrou na atmosfera terrestre “a 95 quilómetros de altitude e a uma velocidade superior a 100 mil quilómetros por hora”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A informação foi prestada ao início da manhã de hoje pelo Complexo Astronómico de La Hita, sediado em Toledo (Espanha), através de comunicado, onde se precisava que o fragmento entrou na atmosfera terrestre “a 95 quilómetros de altitude e a uma velocidade superior a 100 mil quilómetros por hora”.

Numa primeira interpretação ao acontecimento, José María Madiedo, professor na Universidade de Huelva, realça os efeitos da entrada do objecto sideral na atmosfera terrestre e a sua desintegração, que provocou “uma bola de fogo tão brilhante como se fosse lua cheia” a poucos quilómetros da fronteira com Portugal.

O rasto de fogo ficou patente na trajectória que seguiu desde Santo Aleixo da Restauração até à completa desintegração do fragmento sobre Fregenal de la Sierra.

O docente esclareceu ainda que “não é habitual que os fragmentos com origem em cometas penetrem tanto na atmosfera terrestre”, frisando que este tipo de materiais cósmicos “desintegram-se normalmente a maiores altitudes”, entre os 70 e 80 quilómetros.

Com os dados recolhidos pelos equipamentos instalados no complexo astronómico de Toledo, os investigadores esperam agora obter informações sobre qual o cometa que libertou o fragmento que entrou na atmosfera terrestre.