Emblemática Torre do Relógio abre ao público em Alfândega da Fé

Uma torre de castelo foi adaptada para torre de relógio.

Trata-se, segundo a autarquia local, “de um exemplo único no distrito e raro a nível nacional de uma torre de castelo adaptada para torre de relógio”, associada à antiga muralha do castelo de Alfândega da Fé, e visível de quase todos os pontos da sede de concelho.

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Trata-se, segundo a autarquia local, “de um exemplo único no distrito e raro a nível nacional de uma torre de castelo adaptada para torre de relógio”, associada à antiga muralha do castelo de Alfândega da Fé, e visível de quase todos os pontos da sede de concelho.

O monumento foi alvo de uma intervenção no valor de 650 mil euros e a abertura ao público está agendada para sábado, integrada nas Jornadas Europeias do Património, que decorrem, entre sexta-feira e domingo.

Na cerimónia será também apresentado o livro “A Torre do Relógio e o Castelo de Alfândega da Fé”, de Paulo Sousa Costa, e inaugurada, no edifício, a exposição fotográfica “Quando o Relógio voltou a dar horas”, uma mostra que resulta do registo fotográfico efetuado durante as obras, mostrando o antes e o depois da intervenção.

Para muitos dos residentes em Alfândega da Fé, será a primeira vez que acedem ao edifício, uma vez que um dos objectivos da intervenção foi torná-lo visitável, conseguindo a sua valorização em termos turísticos e culturais, como divulgou a autarquia local.

A intervenção feita no monumento foi acompanhada também de um estudo para aprofundar o conhecimento sobre a torre, a zona em que está implementada (zona histórica) e a própria vila.

Além do registo fotográfico, foram efetuados estudos arqueológicos, em parceria com a Universidade do Minho, e complementados com estudo histórico-científico, que “vieram esclarecer e até desmistificar factos relacionados com este edifício e consequentemente com a própria história da vila” transmontana.

O resultado destes estudos deu origem à publicação de dois livros “Cartas de Foral (1294-1510)” de Francisco José Lopes e “A Torre do Relógio e o Castelo de Alfândega da Fé”, de Paulo Sousa Costa.

O projecto abrangeu também a requalificação da zona envolvente, com trabalhos nas ruas principais ao nível das infra-estruturas de saneamento e iluminação, reformulação do trânsito e melhoramento da acessibilidade pedonal.

Um investimento que, frisou a autarquia, vai ao encontro do espírito das Jornadas Europeias do Património, uma iniciativa anual do Conselho da Europa e da União Europeia, envolvendo cerca de 40 países, com o objectivo de sensibilização dos cidadãos para a importância da protecção do Património.