Adiada decisão sobre aumento de capital da Fidelidade
Atrasos nos procedimentos técnicos do aumento de capital na base da decisão.
O aumento de capital, a realizar em espécie (por incorporação de duas empresas) e por entradas em dinheiro, deveria ter sido votado na AG desta quinta-feira, mas a falta de tempo para concretizar vários procedimentos técnicos levou ao adiamento, pedido pela Fosun e pela CGD.
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O aumento de capital, a realizar em espécie (por incorporação de duas empresas) e por entradas em dinheiro, deveria ter sido votado na AG desta quinta-feira, mas a falta de tempo para concretizar vários procedimentos técnicos levou ao adiamento, pedido pela Fosun e pela CGD.
Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da CGD explicou que "a solicitação de suspensão da AG ficou a dever-se exclusivamente à necessidade de mais tempo para conclusão do processo técnico relacionado com o aumento de capital".
Os procedimentos técnicos estão relacionados com o facto da CGD se tratar de uma empresa pública e de parte do aumento de capital ser realizado através da integração das empresas Cares e Multicare, onde o banco público tem uma participação de 20%.
O tempo entre a convocação da AG e a sua realização não foi suficiente para a realização daqueles procedimentos, que para além de autorizações, inclui também a avaliações dos activos a incorporar.
Questão importante nesta operação é redução da participação da CGD na Fidelidade, decorrente do aumento de capital, e o corresponde aumento da posição de domínio da Fosun, actualmente de 84,98%.
É que o aumento de capital, no montante total de 607 milhões de euros, será realizado por entrada de 500 milhões de euros em capital e o restante em espécie. A Caixa participa na parte que se refere à incorporação das sociedades Cares e Multicare, o que só por si determinará uma redução da participação para 15%. Mas segundo o que o PÚBLICO apurou, o banco público não deverá participar na maior fatia do reforço de capital, realizado por entrada de dinheiro, o que determinará a redução da sua participação na seguradora de 15% para 12% e o reforço da Fosun.
O grupo que é dono da Fidelidade, liderado por Guo Guangchand, tem vindo a reforçar os seus investimentos no sector segurador e financeiro na Europa, e encontra-se actualmente a negociar a compra do Novo Banco, com o Banco de Portugal, depois de fracassadas as discussões com a Anbang (outro grupo chinês).