Baião mostra a sua história em dez volumes

Obra coordenada pelo arqueólogo Lino Tavares Dias abarca a evolução das Terras de Baião desde a Pré-história à actualidade.

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O território de Baião é profundamente marcado pela sua orografia, entre outros factores Ricardo Castelo/NFactos

São dez volumes para 11 investigadores, dois deles, Elsa Pacheco e Laura Soares, geógrafas, juntas no livro dedicado a este território encravado entre o Douro e o Marão, seus limites naturais, a sul e a leste. Este é o primeiro tomo da colecção – que tem uma ordem numérica, mas o que esta terça-feira é apresentado, no auditório municipal, anda “Em Torno do ano 500”, e das marcas da primeira cristianização deste espaço, pela mão do historiador Arlindo Magalhães, da Universidade Católica.

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São dez volumes para 11 investigadores, dois deles, Elsa Pacheco e Laura Soares, geógrafas, juntas no livro dedicado a este território encravado entre o Douro e o Marão, seus limites naturais, a sul e a leste. Este é o primeiro tomo da colecção – que tem uma ordem numérica, mas o que esta terça-feira é apresentado, no auditório municipal, anda “Em Torno do ano 500”, e das marcas da primeira cristianização deste espaço, pela mão do historiador Arlindo Magalhães, da Universidade Católica.

Aliando “rigor científico” a um estilo apelativo, próprio de uma obra de divulgação, estes dez volumes fogem a um roteiro turístico cultural, mas aproveitam as marcas deixadas no território pelas populações que o habitaram, para nos explicar, cronológica, social, económica e culturalmente, a sua evolução, explicou ao PÚBLICO o coordenador, cuja participação nesta empreitada se alarga ainda ao volume “Em Torno do Ano Zero”, período que conhece bem, depois de trinta anos a investigar as ruínas da cidade romana de Tongobriga, no Marco de Canaveses.   

Jorge Alves escreve sobre o século XIX e o século XX, Pedro Barros viaja Em Torno das Memórias Paroquiais de 1758, Mário Cunha mostra-nos o período anterior, entre o século XVI e o século XIX, calhando a Joel Mata o olhar Em torno do ano de 1500. O ano Mil está a cargo de António Lima, a Pré-história ficou nas mãos de Carla Stocker e há ainda um volume escrito pelo linguista Álvaro Gomes, Em torno da Palavra Baião.  

Em comunicado, o presidente da Câmara de Baião, José Luís Carneiro, explica o que levou o seu executivo a encomendar este trabalho. Para o autarca, “nenhuma terra sobreviverá à usura do tempo sem um conhecimento fundo da sua história, da sua cultura, das suas formas de actividade económica e das suas estruturas sociais", e a obra que agora vê a luz do dia garante a preservação, e divulgação, desse conhecimento. E Baião é um cruzamento desses múltiplos factores que se explicam nesta obra de fôlego: seja a sua interioridade, o grande rio que o banha e as montanhas que lhe moldam o território, ou os senhores que o dominaram ao longo do tempo.

O desafio da Câmara do Baião ao arqueólogo e à equipa que este reuniu está concluído. Para já o primeiro volume estará apenas à venda na câmara e no posto de turismo local, mas a 20 de Setembro chega às maiores redes de livrarias do país, onde será possível comprar os dez volumes até ao final do ano. Cada um deles custará 25 euros.