Primeiro-ministro da Líbia demite-se, ou talvez não
Confrontado com críticas numa entrevista televisiva, Abdullah al-Thinni disse que se afastava. “Podem trazer um novo primeiro-ministro com uma varinha mágica para resolver todos os problemas.”
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Perguntou-lhe o que faria se houvesse protestos, ao que Abdullah al-Thinni respondeu: “Não precisam de protestar porque demito-me oficialmente e apresentarei a minha demissão à Câmara dos Representantes no domingo”, respondeu Abdullah al-Thinni. “Podem trazer um novo primeiro-ministro com uma varinha mágica para resolver todos os problemas”, declarou ainda.
Mas horas depois, um porta-voz garantia à Reuters que o primeiro-ministro se mantinha, dizendo que Thinni tinha dito apenas que se demitiria se isso lhe fosse pedido pelo povo.
O Governo internacionalmente reconhecido tem base no Leste da Líbia desde que a capital, Tripoli, foi tomada por um grupo armado rival há cerca de um ano. Este grupo reivindica para si a legitimidade do Governo.
Quatro anos após a queda de Muammar Khadafi, o governo que tem o reconhecimento internacional trabalha a partir de hotéis e a situação no Leste deteriora-se. A administração rival controla edifícios chave e ministérios na capital.