A face de Obiang, um ano depois

Só se iludiu quem quis. Um ano depois da adesão da Guiné Equatorial à CPLP como membro de pleno direito, o regime ditatorial de Teodoro Obiang manteve, impassível, as piores marcas distintivas da sua política. Não mudou em Julho de 2014, data da adesão, e não mudou agora, passado um ano. Era previsível? Era. Quem invocou, a título de desculpa, que a entrada na CPLP seria um bom caminho para democratizar o regime, ou comprovou agora a sua ingenuidade ou simplesmente mentiu. Enquanto a Guiné Equatorial tinha direito a um samba glorificador (e vencedor, ainda por cima) no carnaval brasileiro de 2015, Obiang mantinha a pena de morte, que defende (a moratória é apenas um paliativo), dissolvia a poder judicial e ignorava olimpicamente a língua portuguesa, que foi ensinada a sete funcionários públicos por mero entretém. A culpa, no entanto, não é dele. É dos que, miseravelmente, lhe estenderam o tapete vermelho.

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Só se iludiu quem quis. Um ano depois da adesão da Guiné Equatorial à CPLP como membro de pleno direito, o regime ditatorial de Teodoro Obiang manteve, impassível, as piores marcas distintivas da sua política. Não mudou em Julho de 2014, data da adesão, e não mudou agora, passado um ano. Era previsível? Era. Quem invocou, a título de desculpa, que a entrada na CPLP seria um bom caminho para democratizar o regime, ou comprovou agora a sua ingenuidade ou simplesmente mentiu. Enquanto a Guiné Equatorial tinha direito a um samba glorificador (e vencedor, ainda por cima) no carnaval brasileiro de 2015, Obiang mantinha a pena de morte, que defende (a moratória é apenas um paliativo), dissolvia a poder judicial e ignorava olimpicamente a língua portuguesa, que foi ensinada a sete funcionários públicos por mero entretém. A culpa, no entanto, não é dele. É dos que, miseravelmente, lhe estenderam o tapete vermelho.