Testamento vital já é um direito?

Há uma década que foi apresentada pela primeira vez no Parlamento uma proposta defendendo a legalização do testamento vital. A lei existe desde 2012, mas até Junho de 2014 o testamento vital exigia que cada pessoa tivesse de redigir o seu documento e ir a um notário para o validar juridicamente. Há precisamente um ano passou a existir uma plataforma informática que uniformiza os registos e os coloca numa única base de dados a que os médicos podem aceder para conhecer a vontade dos doentes em final de vida. Um ano volvido, contabilizam-se em 1500 as pessoas que se inscreveram na plataforma, quando há um ano havia perspectivas de 20 a 50 mil. Mas o preocupante é que, segundo um estudo da Universidade Católica, 78% da população ainda não sabe o que é um testamento vital. Quando as pessoas desconhecem a existência de um direito, torna-se difícil exercê-lo. Nesse caso deixa de ser um direito.

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Há uma década que foi apresentada pela primeira vez no Parlamento uma proposta defendendo a legalização do testamento vital. A lei existe desde 2012, mas até Junho de 2014 o testamento vital exigia que cada pessoa tivesse de redigir o seu documento e ir a um notário para o validar juridicamente. Há precisamente um ano passou a existir uma plataforma informática que uniformiza os registos e os coloca numa única base de dados a que os médicos podem aceder para conhecer a vontade dos doentes em final de vida. Um ano volvido, contabilizam-se em 1500 as pessoas que se inscreveram na plataforma, quando há um ano havia perspectivas de 20 a 50 mil. Mas o preocupante é que, segundo um estudo da Universidade Católica, 78% da população ainda não sabe o que é um testamento vital. Quando as pessoas desconhecem a existência de um direito, torna-se difícil exercê-lo. Nesse caso deixa de ser um direito.