Relatório de liquidação da EPUL aprovado, meio ano após extinção da empresa

Numa versão inicial, que o PSD ameaçou impugnar, o documento estava assinado por apenas dois dos membros da comissão liquidatária.

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PSD e PCP votaram contra o documento, que também foi rejeitado por um dos membros da comissão liquidatária. Vasco Neves/Arquivo

A aprovação do relatório esteve na ordem de trabalhos de várias reuniões camarárias, mas a sua votação foi sendo adiada. Segundo o PÚBLICO apurou, na origem dos vários adiamentos esteve o facto de o PSD entender que o documento não cumpria a lei, por ter sido votado por apenas dois dos elementos da comissão liquidatária, facto que levou o partido a ameaçar impugná-lo.

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A aprovação do relatório esteve na ordem de trabalhos de várias reuniões camarárias, mas a sua votação foi sendo adiada. Segundo o PÚBLICO apurou, na origem dos vários adiamentos esteve o facto de o PSD entender que o documento não cumpria a lei, por ter sido votado por apenas dois dos elementos da comissão liquidatária, facto que levou o partido a ameaçar impugná-lo.

Face a essas reservas, o relatório acabou por ser sujeito à apreciação da liquidatária Margarida Saavedra, que é também deputada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa e que sobre ele manifestou várias reservas. Só depois disso foi levado a reunião camarária.

“Votámos contra na linha da posição da arquitecta Margarida Saavedra”, disse o vereador social-democrata Fernando Seara. Sem querer entrar em detalhes sobre este processo, o autarca reconheceu que “hoje em dia” o Relatório de Liquidação “está assinado por três membros”, mas antes “não estava”.    

Margarida Saavedra votou contra o documento, tendo apresentado uma declaração de voto, na qual lamenta a forma como a sua apreciação foi feita pela comissão liquidatária. A arquitecta faz também críticas ao conteúdo do relatório, nomeadamente devido à forma como foi contabilizado o valor dos terrenos que transitaram para a propriedade da câmara.