PS convoca presidentes de câmara para definir prioridades
A poucos meses das legislativas, secretário-geral socialista convocou autarcas do partido para fazer um ponto da situação sobre as principais questões que se colocam ao poder local.
Ao PÚBLICO, Miguel Alves afirma que “é importante acabar de vez com ideias feitas sobre aquilo que é a interioridade” e diz que “faz mais sentido começar a pensar-se em centralidade ibérica”. “Temos que mudar este paradigma de visão de território e alterar ideias feitas e isso passa pela consciência política, mas também por uma acção correcta de descentralização de competências e de responsabilização dos territórios e dos municípios, mas naturalmente com um acompanhamento financeiro por parte do Estado”, aponta.
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Ao PÚBLICO, Miguel Alves afirma que “é importante acabar de vez com ideias feitas sobre aquilo que é a interioridade” e diz que “faz mais sentido começar a pensar-se em centralidade ibérica”. “Temos que mudar este paradigma de visão de território e alterar ideias feitas e isso passa pela consciência política, mas também por uma acção correcta de descentralização de competências e de responsabilização dos territórios e dos municípios, mas naturalmente com um acompanhamento financeiro por parte do Estado”, aponta.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, também coloca o enfoque nas “questões políticas do território, nomeadamente as que têm a ver com a descentralização, que implica a transferência de meios e competências para as autarquias”. E defende o envolvimento dos presidentes de câmara na campanha eleitoral, porque – frisa – “os autarcas têm uma grande ligação ao eleitorado e ao território em concreto”.
Mais cáustico, Eduardo Vítor Rodrigues, que não foi à reunião de Coimbra, entende que o PS se deve deter nas “coisas práticas que ajudem a melhorar a vida das pessoas”. E adverte para as consequências que o sector dos transportes e da água - onde o Governo está a mexer - vão ter a nível dos serviços e dos preços para os consumidores. O presidente da Câmara de Gaia sai em defesa de uma simplificação do quadro legislativo (lei das finanças locais e lei dos compromissos), porque “a complexidade das leis serve a prevaricação”.
“Um partido que seja de esquerda tem de defender de uma forma veementemente a simplificação das leis e o combate à corrupção”, defende o autarca.
Já o independente Raul Fernandes da Cunha, que preside à Câmara de Fafe, centra as suas atenções nas questões mais sociais, que “se agravaram com a crise” e sustenta que é preciso definir prioridades no âmbito do novo quadro comunitário de apoio.