PS convoca presidentes de câmara para definir prioridades

A poucos meses das legislativas, secretário-geral socialista convocou autarcas do partido para fazer um ponto da situação sobre as principais questões que se colocam ao poder local.

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Adivinham-se novos protestos das câmaras e das freguesias por causa dos cortes orçamentais PEDRO CUNHA/Arquivo

Ao PÚBLICO, Miguel Alves afirma que “é importante acabar de vez com ideias feitas sobre aquilo que é a interioridade” e diz que “faz mais sentido começar a pensar-se em centralidade ibérica”. “Temos que mudar este paradigma de visão de território e alterar ideias feitas e isso passa pela consciência política, mas também por uma acção correcta de descentralização de competências e de responsabilização dos territórios e dos municípios, mas naturalmente com um acompanhamento financeiro por parte do Estado”, aponta.

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Ao PÚBLICO, Miguel Alves afirma que “é importante acabar de vez com ideias feitas sobre aquilo que é a interioridade” e diz que “faz mais sentido começar a pensar-se em centralidade ibérica”. “Temos que mudar este paradigma de visão de território e alterar ideias feitas e isso passa pela consciência política, mas também por uma acção correcta de descentralização de competências e de responsabilização dos territórios e dos municípios, mas naturalmente com um acompanhamento financeiro por parte do Estado”, aponta.

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, também coloca o enfoque nas “questões políticas do território, nomeadamente as que têm a ver com a descentralização, que implica a transferência de meios e competências para as autarquias”. E defende o envolvimento dos presidentes de câmara na campanha eleitoral, porque – frisa – “os autarcas têm uma grande ligação ao eleitorado e ao território em concreto”.

Mais cáustico, Eduardo Vítor Rodrigues, que não foi à reunião de Coimbra, entende que o PS se deve deter nas “coisas práticas que ajudem a melhorar a vida das pessoas”. E adverte para as consequências que o sector dos transportes e da água - onde o Governo está a mexer - vão ter a nível dos serviços e dos preços para os consumidores. O presidente da Câmara de Gaia sai em defesa de uma simplificação do quadro legislativo (lei das finanças locais e lei dos compromissos), porque “a complexidade das leis serve a prevaricação”.

“Um partido que seja de esquerda tem de defender de uma forma veementemente a simplificação das leis e o combate à corrupção”, defende o autarca.

Já o independente Raul Fernandes da Cunha, que preside à Câmara de Fafe, centra as suas atenções nas questões mais sociais, que “se agravaram com a crise” e sustenta que é preciso definir prioridades no âmbito do novo quadro comunitário de apoio.