Presidente da TAP diz que sinais dados pelo comprador “são muito positivos”

Numa mensagem aos trabalhadores, Fernando Pinto pede-lhes para terem “confiança no futuro”.

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Fernando Pinto chegou à TAP no ano 2000 com a missão de privatizar a empresa Rui Gaudêncio

Para Fernando Pinto, o consórcio que junta David Neeleman, dono da Azul, e o empresário português Humberto Pedrosa demonstrou que irá dar continuidade à “aposta no fortalecimento do hub da TAP, reforçando o valor que a companhia cria para Portugal”, ao mesmo tempo que deu garantias no que diz respeito “ao produto oferecido aos clientes” e ao “interesse dos trabalhadores”.

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Para Fernando Pinto, o consórcio que junta David Neeleman, dono da Azul, e o empresário português Humberto Pedrosa demonstrou que irá dar continuidade à “aposta no fortalecimento do hub da TAP, reforçando o valor que a companhia cria para Portugal”, ao mesmo tempo que deu garantias no que diz respeito “ao produto oferecido aos clientes” e ao “interesse dos trabalhadores”.

O gestor brasileiro, que chegou à TAP no ano 2000 com a missão de vender a companhia a privados, assegura que há “condições para ter confiança no futuro”, considerando que o consórcio escolhido pelo Governo “garante a ligação a um grupo importante de investidores com larga experiência no negócio da aviação comercial, bem como a um grupo português de grande relevo e solidez na área dos transportes”.  

“No mundo actual, e no quadro de forte exigência e competitividade da nossa indústria, seria cada vez mais difícil a TAP continuar a expandir-se e ir mais além do que conseguiu fazer nos últimos 15 anos devido aos actuais constrangimentos de meios financeiros e de recursos. Entraremos agora num período de transição  – que será para todos nós um grande desafio e que exigirá enorme esforço e empenho da nossa parte – até se concretizar a entrada em pleno do novo detentor da maioria do capital da empresa, o que ocorrerá dentro de algum tempo e uma vez concluídos todos os trâmites formais deste processo, tanto a nível nacional como internacional”, refere Fernando Pinto na mensagem enviada aos trabalhadores.

O presidente da TAP diz ainda que o facto de este processo de privatização ter suscitado o interesse de três candidatos (o consórcio vencedor, Germán Efromovich e Miguel Pais do Amaral) demonstra “a importância estratégica da empresa e o valor da marca TAP construído ao longo de muitos anos com o trabalho e a dedicação de todos”.

E diz estar certo de que “os trabalhadores da TAP continuarão, como até aqui, a dar o seu melhor, pois a sua mobilização e motivação são factores determinantes para garantir-lhe um futuro cada vez melhor”.