Fiscalização não encontra ilegalidades na importação de madeiras
Inspecções em Portugal começaram em Janeiro, segundo regulamento europeu em vigor desde 2013.
Na semana passada, a organização ambientalista Greenpeace salientou Portugal como a segunda maior porta por onde entram no mercado internacional madeiras de explorações alegadamente ilegais da República Democrática do Congo. Noutras situações no passado, o país já tinha sido acusado de estar a receber madeiras ilegais de Camarões e da Amazónia.
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Na semana passada, a organização ambientalista Greenpeace salientou Portugal como a segunda maior porta por onde entram no mercado internacional madeiras de explorações alegadamente ilegais da República Democrática do Congo. Noutras situações no passado, o país já tinha sido acusado de estar a receber madeiras ilegais de Camarões e da Amazónia.
As suspeitas sobre as importações da República Democrática do Congo foram, no entanto, as primeiras a serem tornadas públicas desde a entrada em vigor de um regulamento europeu, que proíbe a colocação no mercado de “madeira extraída ilegalmente e de produtos da madeira dela derivados”.
Segundo o regulamento, os importadores têm de se informar e de estar documentados sobre a origem e a legalidade dos materiais que colocam no mercado europeu. E os comerciantes devem também possuir documentação que permita seguir o rasto de qualquer produto já no mercado.
“Não foi até ao momento detectada qualquer tipo de irregularidade na aplicação desta legislação”, informa o ICNF, numa nota enviada ao PÚBLICO.
Até Abril passado, havia já 1523 entidades em Portugal inscritas nos registos de operadores responsáveis pela introdução de madeira importada no país. Uma amostra de 5% será alvo de acções de fiscalização, segundo um relatório do ICNF, de Março passado. O relatório refere que as inspecções no território continental só tiveram início em Janeiro. Nos Açores, começaram em 2014. Houve 49 fiscalizações, todas com resultados regulares.