Interessar é tudo

Para defender as boas revistas de livros e os bons jornais é preciso encolhermos os ombros quando se fala em formatos.

Como todos estes periódicos estão muito piores (e mais curtos) do que já foram, basta-me acordar cedo para poder ler todos antes do almoço.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Como todos estes periódicos estão muito piores (e mais curtos) do que já foram, basta-me acordar cedo para poder ler todos antes do almoço.

Mesmo assim — atendendo aos preços irrisórios no Kindle (e, no caso de The New Yorker) no iPad tem-se consciência de estar a gozar, pouco economicamente para os editores, mas muito "economicamente" para nós, um grande luxo cujos dias estão contados. Mais do que contados: com muita sorte faltará, no máximo, mais uma década de mama.

Vivemos num tempo esquisito mas sortudo em que que todas as tecnologias coexistem. O Libération digital é mais rápido, mais barato e quase tão bonito como a lenta e cara edição impressa.

Como assinante leal da edição em papel do Charlie Hebdo (cada vez mais engraçado e inteligente), espero que também eles arranjem uma edição digital que esteja disponível antes de aparecer a publicidade da nova edição no Libération.

Para defender as boas revistas de livros e os bons jornais é preciso encolhermos os ombros quando se fala em formatos. Seja em papel ou em pantalha, a única coisa que interessa é ser-se interessante.