Pesquisa racista no Google Maps leva à Casa Branca

Dois dias depois da denúncia, pesquisa por palavras racistas continua a dar como resultado a residência oficial do Presidente Barack Obama.

Foto
Imagem do resultado de uma das pesquisas Google Maps

Numa pesquisa na manhã desta quinta-feira no Google Maps por "Washington" e pelas palavras "nigga house" ou "nigger king", em ambos os caso o resultado foi sempre "White House,1600 Pennsylvania Ave NW, Washington, DC".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Numa pesquisa na manhã desta quinta-feira no Google Maps por "Washington" e pelas palavras "nigga house" ou "nigger king", em ambos os caso o resultado foi sempre "White House,1600 Pennsylvania Ave NW, Washington, DC".

Ao Washington Post, um porta-voz do Google não identificado reconheceu a gravidade do problema e lamentou que o seu serviço de mapeamento não seja impermeável a ataques racistas. “Alguns resultados inapropriados estão a surgir no Google Maps, tal não deveria acontecer e pedimos desculpa por qualquer ofensa que tenham causado”, disse a fonte, acrescentando que o motor de busca está a tentar resolver a questão. Esta quinta-feira, o problema mantinha-se depois de ter sido denunciado nas redes socias, incluindo o Twitter. 

 

 

O Google não explica como é que estes resultados aparecem no Google Maps. Este é o mais recente incidente a envolver serviços do motor de busca. Na semana passada, o Google anunciou que deixou de ser possível aos utilizadores do Map Maker — que permite acrescentar locais ou pontos de interesse ao Google Maps — fazerem edições directas no mapa-mundo. Todas as sugestões vão passar por uma revisão manual antes de serem publicadas.

A decisão seguiu-se a vários ataques registados na ferramenta, um dos quais permitiu que uma imagem de um robô Android a fazer xixi sobre o logo da Apple surgisse no Map Maker do Google para assinalar uma zona de parque no Paquistão.

O caso agora denunciado é um dos mais graves a ser apontado ao Google.