O livro que mostra Sócrates sem maquilhagem

Cercado, os dias fatais de José Sócrates, do jornalista Fernando Esteves, vagueia pelos bastidores da vida do político. Livro é lançado esta quinta-feira, às 18h30, no Hotel do Chiado, em Lisboa.

Foto
Primeira edição do livro terá 10 mil exemplares Daniel Rocha

Esta é uma das muitas curiosidades que o livro Cercado, os dias fatais de José Sócrates, do jornalista Fernando Esteves, revela sobre os bastidores da vida do político, com um enfoque nos tempos que antecederam a sua detenção, em Novembro passado. O livro é lançado esta quinta-feira, às 18h30, no Hotel do Chiado, em Lisboa. A apresentação estará a cargo do director do semanário Expresso, Ricardo Costa. A primeira edição da publicação, editada pela Matéria-Prima, conta com 10 mil exemplares.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Esta é uma das muitas curiosidades que o livro Cercado, os dias fatais de José Sócrates, do jornalista Fernando Esteves, revela sobre os bastidores da vida do político, com um enfoque nos tempos que antecederam a sua detenção, em Novembro passado. O livro é lançado esta quinta-feira, às 18h30, no Hotel do Chiado, em Lisboa. A apresentação estará a cargo do director do semanário Expresso, Ricardo Costa. A primeira edição da publicação, editada pela Matéria-Prima, conta com 10 mil exemplares.

A obra, com perto de 300 páginas, está organizada em capítulos, cada um dedicado a um caso mediático da carreira do antigo primeiro-ministro. O processo da Cova da Beira, o curso na Universidade Independente, o inquérito Freeport, o caso Face Oculta e os projectos das casas da Guarda são alguns dos temas.

“Este livro mostra o outro lado de José Sócrates, o Sócrates humano. As pessoas estão habituadas a ver o José Sócrates à frente das câmaras, com maquilhagem”, explica Fernando Esteves, editor de política na revista Sábado. “Pretendo mostrar os bastidores do processo de decisão de Sócrates como primeiro-ministro”, acrescenta o jornalista.

O autor diz pretender que os leitores se sintam a entrar pelo buraco da fechadura nos bastidores de alguns dos episódios marcantes na vida do governante, recorrendo, para tal, à reconstrução de diálogos que José Sócrates teve com colaboradores próximos e também com diversos jornalistas como José Rodrigues dos Santos e Judite Sousa. Os colaboradores mais próximos do ex-primeiro-ministro aceitaram falar ao jornalista, mas impuseram uma condição: não os citar. Os episódios que relataram permitem retratar Sócrates como um trabalhador compulsivo, um líder mobilizador com um temperamento colérico e uma memória prodigiosa. “Sócrates é uma pessoa extremamente intensa e obcecada com o lugar que ocupará na história. Penso que foi isso que o fez regressar a Portugal”, remata o jornalista.