O livro de Passos

Não fora a coligação já ter sido formalizada, o mais certo seria PSD e CDS não irem juntos a eleições. E mesmo assim… A dúvida coloca-se, legitimamente, depois de ser conhecido o livro Somos o que escolhemos, uma biografia autorizada de Passos Coelho ontem lançada, que recolhe depoimentos do próprio primeiro-ministro, entre outros, com revelações muito polémicas sobre os dias de brasa que conduziram o Governo à crise do Verão de 2013. O que fica, muitas vezes pela boca de Passos, é a imagem de irresponsável colada a Paulo Portas, cujo comportamento quer em relação a Vítor Gaspar, à troika, ou ao próprio chefe do Governo é pontuado por frases assassinas que lhe endossam toda a responsabilidade sobre o que se passou. Passos pode ter querido fragilizar Portas para justificar uma posição de dureza nas negociações com o CDS, mas o abalo que provocou na confiança entre dois partidos cujo horizonte é uma dura batalha eleitoral não podia ser mais arrasador.

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Não fora a coligação já ter sido formalizada, o mais certo seria PSD e CDS não irem juntos a eleições. E mesmo assim… A dúvida coloca-se, legitimamente, depois de ser conhecido o livro Somos o que escolhemos, uma biografia autorizada de Passos Coelho ontem lançada, que recolhe depoimentos do próprio primeiro-ministro, entre outros, com revelações muito polémicas sobre os dias de brasa que conduziram o Governo à crise do Verão de 2013. O que fica, muitas vezes pela boca de Passos, é a imagem de irresponsável colada a Paulo Portas, cujo comportamento quer em relação a Vítor Gaspar, à troika, ou ao próprio chefe do Governo é pontuado por frases assassinas que lhe endossam toda a responsabilidade sobre o que se passou. Passos pode ter querido fragilizar Portas para justificar uma posição de dureza nas negociações com o CDS, mas o abalo que provocou na confiança entre dois partidos cujo horizonte é uma dura batalha eleitoral não podia ser mais arrasador.