Jovem nepalês sobrevive a cinco dias nos escombros de Katmandu

Pemba Lama, de 15 anos, foi resgatado com vida, perante a alegria e os aplausos da multidão

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Pemba Lama foi levado para um hospital Navesh Chitrakar/Reuters

Uma multidão acompanhou de perto a operação de resgate e explodiu de alegria quando as equipas de salvamento trouxeram o jovem, com vida, numa maca e com um colete protector à volta do pescoço. Pemba Lama foi posteriormente transportado para um hospital da zona, para ser observado pelos médicos. Casos de sobrevivência como o seu vão ser cada vez mais raros à medida que o tempo passa.

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Uma multidão acompanhou de perto a operação de resgate e explodiu de alegria quando as equipas de salvamento trouxeram o jovem, com vida, numa maca e com um colete protector à volta do pescoço. Pemba Lama foi posteriormente transportado para um hospital da zona, para ser observado pelos médicos. Casos de sobrevivência como o seu vão ser cada vez mais raros à medida que o tempo passa.

O rapaz disse à televisão pública britânica BBC que se alimentou de “potes de manteiga” e “bebeu água de roupas molhadas” que encontrou nos escombros, durante os cinco dias que esteve preso nos destroços de um edifício que colapsou devido ao terramoto de magnitude 7.8, na escala de Richter.

A Organização das Nações Unidas, que já lançou uma campanha para a angariação de 415 milhões de dólares para ajudar o Nepal, calcula que o número de habitações destruídas seja de 70 mil e acrescenta que outras 530 mil possam estar danificadas.

Mau tempo preocupa
O governo nepalês, muito criticado pela fraca capacidade de resposta à catástrofe, já veio garantir o apoio de helicópteros nas operações de salvamento, mas a chuva e as más condições climatéricas têm atrasado as buscas e o trabalho dos socorristas.

“A natureza parece estar contra nós” diz Rameshwor Dandal, um dos responsáveis pela coordenação do plano de emergência do Governo nepalês, citado pela agência Reuters, lamentando os “problemas adicionais” causados pela chuva.

Com as estradas nas zonas montanhosas bloqueadas e em mau estado, devido ao deslizamento de terras provocado pelo terramoto, várias aldeias ainda não receberam qualquer assistência, estando dependentes dos meios aéreos.