Governo lança formação para 13 mil desempregados pouco qualificados

Programa estará no terreno durante o primeiro semestre de 2015 e abrange beneficiários de rendimento social de inserção.

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Público/arquivo

“Serão 625 acções de formação, envolvendo cerca de 13.000 pessoas adultas desempregadas, com baixos níveis de escolaridade e qualificação”, referiu o governante, na Assembleia da República, em Lisboa.

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“Serão 625 acções de formação, envolvendo cerca de 13.000 pessoas adultas desempregadas, com baixos níveis de escolaridade e qualificação”, referiu o governante, na Assembleia da República, em Lisboa.

O objectivo do plano, acrescentou o ministro, é proporcionar qualificações escolares e profissionais aos desempregados beneficiários de rendimento social de inserção (RSI).

Entre as medidas previstas estão 550 acções para 11.000 adultos desempregados, “promovendo-se, deste modo, o aumento dos seus níveis de qualificação e consequentemente, a melhoria dos seus índices de empregabilidade e de reconhecimento da sua capacidade profissional no mercado de trabalho”.

O plano inclui ainda uma formação em competências básicas, que tem como meta abranger 1200 pessoas, para que os desempregados possam entrar em processo de dupla certificação (escolar e profissional), e pretende colocar 800 pessoas, oriundas da população imigrante, no programa “português para todos”.

Criticando o trabalho feito pelo PS quando foi Governo, Mota Soares disse que “aos beneficiários do rendimento social de inserção [RSI] pouco foi oferecido além da própria prestação. Oportunidades de reingresso no mercado de trabalho: quase nenhumas”. E deu como exemplo os “cerca de 60 mil beneficiários de RSI, com idade e capacidade para trabalhar, nem sequer estavam inscritos no IEFP, não fossem pesar nos dados do desemprego”.

Já na ronda de perguntas, o PS confrontou o ministro com várias questões. A deputada Idália Serrão quis saber quantos beneficiários de RSI perderam a prestação por terem mais de 100 mil euros na sua conta bancária e como vai o Governo aplicar o tecto nas prestações sociais. Mota Soares não respondeu.

Jorge Machado, deputado do PCP, confrontou o ministro com o aumento do desemprego, acusando  o Governo de "fazer propaganda", quando diz que o mercado de trabalho está a melhorar.

"Nem com todas as artimanhas" o Governo não consegue parar de subir o desemprego, disse o deputado. "Desde Setembro o desemprego não tem parado de aumentar", destacou.

No último boletim do emprego, o Instituto Nacional de Estatística (INE) dá conta de uma taxa de desemprego de 14,1% em Fevereiro, mais 0,3 pontos percentuais do que em Janeiro. Também a população empregada caiu para 4.399 mil pessoas, menos 11,1 mil face ao primeiro mês de 2015.