Cidade síria de Idlib nas mãos de extremistas ligados à Al-Qaeda

É a segunda capital de província a cair nas mãos de radicais, depois de Raqqa, controlada pelo autodenominado Estado Islâmico.

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Habitantes de Idlib em fuga depois da tomada da cidade por islamistas Khalil Ashawi/Reuters

O regime de Bashar al-Assad ainda não comentou a notícia dada por combatentes que publicaram vídeos da cidade na Internet e por grupos de monitorização do conflito. Idlib é ainda próximo da província de Latakia, o grande bastião de Assad. A televisão do Estado continuava a dar conta apenas de combates perto da cidade. É a segunda derrota do Governo numa semana depois de rebeldes terem tomado a cidade histórica de Busra na província de Deraa, no Sul do país.

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O regime de Bashar al-Assad ainda não comentou a notícia dada por combatentes que publicaram vídeos da cidade na Internet e por grupos de monitorização do conflito. Idlib é ainda próximo da província de Latakia, o grande bastião de Assad. A televisão do Estado continuava a dar conta apenas de combates perto da cidade. É a segunda derrota do Governo numa semana depois de rebeldes terem tomado a cidade histórica de Busra na província de Deraa, no Sul do país.

Ao tomar Idlib, no Noroeste da Síria, a aliança de jihadistas que inclui a Frente Nusra, leal à Al-Qaeda e rival do autodenominado Estado Islâmico (EI), ganha a sua primeira capital de província – o EI, pelo seu lado, tem Raqqa, a Leste, que é o seu principal bastião e que tem sido alvo da ofensiva área dos EUA contra os extremistas.

Grupos que participavam na ofensiva para tomar o controlo da cidade publicaram vídeos mostrando combatentes nas ruas da cidade, e perto de um antigo edifício governamental, disparando para o ar e gritando Allahu Akabar (Deus é grande).

A cidade foi o local onde a luta da oposição pacífica, que encontrou uma pesada repressão militar do regime, começou a tornar-se armada. A população de Idlib também aumentou por causa do enorme número de refugiados internos que fugiam de outras zonas do país.

A guerra na Síria fez mais de 220 mil mortos e quase dez milhões de deslocados, mais de três milhões dos quais se refugiram nos países da região.