Fogo destruiu dezenas de carros num terreno em Gaia

Incêndio ocorreu num parque de viaturas sinistradas, situado junto a algumas moradias em Canelas.

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Quando Arlindo Almeida saiu de casa para atender à porta, pouco depois das 12h30, já alguns bombeiros lhe entravam pelo quintal. À sua frente, do outro lado do muro da horta, a vista de uma nuvem de fumo negro bastou para que percebesse que os automóveis armazenados no terreno ao lado estariam a arder. Durante os minutos seguintes, a preocupação foi grande, aumentado a cada rebentamento, que o homem de 64 anos relaciona com a existência de combustível em depósitos de algumas das 28 viaturas que, segundo o porta-voz dos bombeiros, Manuel Pinto, foram destruídas pelo fogo.

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Quando Arlindo Almeida saiu de casa para atender à porta, pouco depois das 12h30, já alguns bombeiros lhe entravam pelo quintal. À sua frente, do outro lado do muro da horta, a vista de uma nuvem de fumo negro bastou para que percebesse que os automóveis armazenados no terreno ao lado estariam a arder. Durante os minutos seguintes, a preocupação foi grande, aumentado a cada rebentamento, que o homem de 64 anos relaciona com a existência de combustível em depósitos de algumas das 28 viaturas que, segundo o porta-voz dos bombeiros, Manuel Pinto, foram destruídas pelo fogo.

Antes de entrarem no parque, situado numa loteamento industrial com casas em toda a envolvente, os Sapadores de Gaia, e homens dos voluntários de Valadares e de Aguda aproveitaram os terrenos da família de Arlindo Almeida para um primeiro ataque ao fogo. Nessa altura, um dos bombeiros caiu de uma escada e teve de ser levado para o Hospital Santos Silva, na cidade, onde fez uma radiografia. Aparentemente, não teve ferimentos graves.

No terreno, outros 33 homens das três corporações trataram de debelar com grande rapidez o fogo, que alastrou no entanto a quase todas as viaturas ali guardadas. Só um carro escapou praticamente intacto, no meio de um cenário de pneus derretidos e metal enegrecido. Rodrigo Silva, vizinho de Arlindo Almeida, ainda temeu que o calor lhe afectasse um anexo, do cimo do qual o incêndio foi combatido, mas passado o susto verificou que foram poucos os estragos.

O espaço, anexo a um armazém, pertence a uma empresa familiar que explora uma oficina noutro ponto da freguesia e, segundo os vizinhos, era também usado para desmontagem de peça. Depois de prestar declarações à PSP, que deslocou ao local uma equipa da Investigação Criminal, o proprietário da empresa, Joaquim Ferreira explicou que no local estariam três trabalhadores, que escaparam sem ferimentos. O terreno, disse, é usado como parque “há uns vinte anos”, mas recentemente, assumiu, foi visitado pela ASAE, que lhe deu ordem para retirar dali as viaturas e limpar a área.

À volta dos armazéns, na rua do Cadavão, há várias vivendas, a mais próxima das quais, contígua ao terreno onde se deu o incêndio, é a de Arlindo Almeida, que assumia a insatisfação pela actividade desenvolvida para lá do muro da casa onde vive há 35 anos.