Greve de 24 horas nos Transportes Sul do Tejo começa nesta segunda-feira

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A paralisação na rodoviária foi marcada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e começa às 3h de segunda-feira, estando também agendado um plenário junto à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de Almada.

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A paralisação na rodoviária foi marcada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e começa às 3h de segunda-feira, estando também agendado um plenário junto à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) de Almada.

"Avançámos para a greve de 24 horas porque é a única maneira que temos de todos os trabalhadores da empresa conseguirem estar no plenário. O facto de a greve ser de 24 horas não significa que os autocarros vão estar parados esse tempo, pois os trabalhadores são livres de decidir se vão ou não trabalhar depois do plenário", disse à Lusa João Saúde, da Fectrans.

O sindicalista explica que os trabalhadores exigem uma melhoria salarial, considerando que os atuais salários são "muito baixos".

"A empresa continua a fazer um caminho de empobrecimento salarial. Os trabalhadores têm muita responsabilidade e ganham 623 euros, o que é muito pouco e lutamos por um salário digno. A empresa tem condições para uma melhoria salarial", explicou.

Em Fevereiro, os trabalhadores da TST também realizaram uma greve de 24 horas, com a empresa TST a explicar, na ocasião, que foi aplicada uma actualização salarial de 1%, com efeito a partir de 1 de Janeiro deste ano.

"É um valor acima da taxa de inflação esperada. Tendo em conta a perda de 1,6 milhões de passageiros em 2014 e os factores externos que ocorreram no início de 2015, tais como a manutenção do tarifário, o aumento significativo dos impostos no gasóleo, a reposição do custo do trabalho suplementar e o resultado líquido negativo da empresa em 900 mil euros, a TST fará um enorme esforço financeiro para poder continuar a manter os postos de trabalho e, desta forma, minorar estas repercussões na vida dos seus colaboradores", explicou.

João Saúde disse ainda que o sindicato está pronto a avançar com processos judiciais em relação aos tempos de disponibilidade, período de tempo em que o trabalhador, embora não esteja obrigado a permanecer no local de trabalho pode ser chamado pela empresa em caso de necessidade.

"No nosso entendimento os tempos de disponibilidade são ilegais e se os trabalhadores o entenderem, estamos prontos a avançar para o tribunal. Já o fizemos com os descansos compensatórios e estamos a vencer todos os processos", salientou.

A Transportes Sul do Tejo desenvolve a sua actividade na Península de Setúbal e serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, incluindo ligações a Lisboa.