Amesterdão vai ter parque para bicicletas debaixo de água

O centro de Amesterdão não tem mais espaço para bicicletas e, por isso, está prevista a construção de um parque de estacionamento subaquático, bem como ilhas artificiais

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Koen van Wee/Reuters

Na maior parte das cidades, os problemas de estacionamento dizem respeito a carros. Em Amesterdão são as bicicletas a causar as maiores dores de cabeça. Isto porque, segundo as estatísticas, 57% dos habitantes desta cidade holandesa usam as suas bicicletas diariamente.

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Na maior parte das cidades, os problemas de estacionamento dizem respeito a carros. Em Amesterdão são as bicicletas a causar as maiores dores de cabeça. Isto porque, segundo as estatísticas, 57% dos habitantes desta cidade holandesa usam as suas bicicletas diariamente.

A popularidade da bicicleta enquanto meio de transporte em Amesterdão é tão grande — 43% dos seus habitantes escolhem pedalar de casa para o trabalho e vice-versa — que a solução para o estacionamento destes veículos de duas rodas vai passar pela água.

De acordo com o site “City Lab”, da revista norte-americana “The Atlantic”, a cidade conhecida pelos seus canais revelou um plano de “escavar uma garagem com espaço para 7.000 bicicletas por baixo do lago Ij, a antiga baía (actualmente um lago, graças à construção da barreira Afsluitdjk)”. No lago, que “forma uma espécie de fosso em torno da Central Station”, é provável que venha a ser possível ligar uma “catacumba subaquática de bicicletas” directamente aos túneis do metro.

O objectivo é que daqui a 15 anos, em 2030, 21.500 bicicletas estejam empilhadas em novas localizações à volta da estação, também devido às novas ilhas artificiais com espaço para 2.000 biclas cada.

Em 2013, as autoridades de Amesterdão viram-se obrigadas a remover 73.000 bicicletas das ruas, a maior parte delas mal estacionadas.

Artigo corrigido às 11h09 de 27 de Fevereiro: o lago em torno da Central Station chama-se Ij e não Lj, como inicialmente escrito.