Candidato presidencial do Syriza é um ex-ministro de direita

Tsipras diz que reune as três características fundamentais: sensibilidade democrática, consciência nacional e aprovação da maioria.

A sua nomeação foi acolhida com surpresa pela maior parte dos observadores, já que o actual comissário europeu Dimitris Avramopoulos era apontado como favorito, sendo que a sua nomeação permitiria também a Tsipras colocar um comissário do seu partido em Bruxelas.

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A sua nomeação foi acolhida com surpresa pela maior parte dos observadores, já que o actual comissário europeu Dimitris Avramopoulos era apontado como favorito, sendo que a sua nomeação permitiria também a Tsipras colocar um comissário do seu partido em Bruxelas.

"Precisamos de um Presidente que tenha sensibilidade democrática, um elevado sentimento de consciência nacional e que seja aceite pela maioria parlamentar", disse no Parlamento de Atenas Alexis Tsipras, ao fazer o anuncio.

Pavlopoulos tem 64 anos e foi professor de Direito Administrativo na Universidade de Atenas, antes de ser eleito deputado pela Nova Democracia em 1996. Nos últimos anos, criticou alguns elementos do programa de resgate grego. No entanto, tem contra ele o facto de ter sido ministro do Interior em 2008, quando Alexandros Grigoropoulos, um jovem de 15 anos, foi morto por dois polícias, provocando uma vaga de manifestações e motins em toda a Grécia.

A votação no Parlamento está marcada para quarta-feira à tarde. Pavlopoulos precisa de obter a aprovação de 180 dos 300 deputados, o que não deverá ser difícil: o Syriza tem 149 deputados, o seu parceiro de coligação, os Gregos Independentes, 13, e muitos dos 76 deputados da Nova Democracia deverão também votar favoravelmente o seu nome.

Foi o fracasso da Nova Democracia em obter a aprovação para o seu candidato presidencial, o ex-comissário europeu Stavros Dimas, que provocou as eleições legislativas antecipadas de Janeiro que levaram o Syriza ao poder.