Filipe Vieira lamenta tarja do "very light" e acusa Sporting de "memória curta"

O presidente do Benfica criticou o facto de, até agora, os "leões" não terem condenado o incêndio no Estádio da Luz, de há três anos.

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Filipe Vieira condenou o comportamento de alguns adeptos do Benfica Nuno Ferreira Santos

"Em relação à tarja do nosso pavilhão, é lamentável e injustificável. Há um processo de investigação em curso para apurar quem foi o responsável", afirmou o presidente do Benfica, na cerimónia que assinalou a reinauguração das instalações da Casa do Benfica de Leiria.

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"Em relação à tarja do nosso pavilhão, é lamentável e injustificável. Há um processo de investigação em curso para apurar quem foi o responsável", afirmou o presidente do Benfica, na cerimónia que assinalou a reinauguração das instalações da Casa do Benfica de Leiria.

Sobre o incidente no derby de futsal, o líder dos "encarnados" sublinhou: "Não há conivência da direcção do Sport Lisboa e Benfica com gestos desta gravidade, mesmo havendo antecedentes e provocações. Nada justifica aquela tarja, lamento sinceramente o que sucedeu."

A faixa, que ocupou toda a largura de um dos topos das bancadas, com a inscrição "Very light 1996", numa provocação aludindo à final da Taça de Portugal de futebol de 1996, durante a qual morreu um adepto do Sporting vítima de um lançamento de um very light, foi mandada retirar pelo presidente.

"Depois de ver a tarja e perceber o que estava escrito, pedi ao nosso director de segurança que a retirasse. [Contudo] Foi entendimento da polícia e do nosso director que retirar a tarja podia provocar problemas de segurança maiores em todo o pavilhão", acrescentou.

A faixa está agora "na posse das autoridades e há um processo de investigação a decorrer". "Será que podem dizer o mesmo das tarjas de Alvalade?", questionou Luís Filipe Vieira: "Sei que vão dizer que passaram seis dias. Mas passaram mais de três anos depois do incêndio da Luz e ainda ninguém do Sporting repudiou ou lamentou aquele triste incidente", acusou, recordando o incidente do Benfica-Sporting de 2011.

O dirigente acrescentou: "A tarja do pavilhão da Luz entrou sem autorização e sem o nosso conhecimento, não foi preparada nas nossas garagens. E as de Alvalade? Foram ou não pintadas na garagem e instalações do Estádio José Alvalade? E as camisolas da Juve Leo não merecem condenação? Ou será que querem branquear parte da história deste fim de semana?", afirmou Vieira, em Leiria.

Luís Filipe Vieira considerou que o episódio da tarja "foi um instrumento utilizado" pelo Sporting para "cortar relações com o Benfica".

"Não corto relações com outros clubes por mera gestão de autoridade interna, não processo sócios só porque discordam de mim, não digo que a bandeira nacional tem verde a mais, não minto em relação a uma suposta conversa telefónica que nunca houve, não minto em relação ao acordo que nunca houve. Há pessoas que não perceberam que a mentira tem perna curta e que as palavras têm consequências", apontou Luís Filipe Viera, aludindo ao presidente do Sporting, Bruno Carvalho.

Perante uma plateia de cerca de 450 benfiquistas, o líder "encarnado" considerou que "o assunto acaba aqui", sem mencionar a participação disciplinar contra o Sporting que o Benfica enviou à Comissão de Instrução e Inquéritos das Competições Profissionais de Futebol.