Portugal de Lés-a-Lés espera 1400 motociclistas na edição deste ano

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Após uma verificação técnica às motas, na manhã do dia 7, domingo, em Sabrosa, os participantes realizarão um circuito de algumas dezenas de quilómetros no concelho, antes de um jantar de confraternização oferecido pela Câmara Municipal.

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Após uma verificação técnica às motas, na manhã do dia 7, domingo, em Sabrosa, os participantes realizarão um circuito de algumas dezenas de quilómetros no concelho, antes de um jantar de confraternização oferecido pela Câmara Municipal.

“Não sai nenhuma mota para a estrada se não estiver em perfeitas condições”, disse neste domingo António Manuel Francisco, da organização, presidente da Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal (FMP).

António Manuel Francisco, que interveio hoje na apresentação da 17.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés, na Batalha, distrito de Leiria, salientou que “a grande surpresa é o percurso”, nas sucessivas realizações, com as equipas a “descobrirem caminhos e a visitarem terras diferentes”, parando aqui e ali para conversar com as pessoas, fazer fotos, comer ou beber.

A iniciativa é aberta a motociclistas nacionais e de outros países, havendo sempre uma importante adesão de espanhóis.

Os primeiros a inscrever-se na prova, na manhã de hoje, na Batalha, foram dois cidadãos do país vizinho, oriundos da Galiza.

Desta vez, a primeira etapa do Portugal de Lés-a-Lés desenrola-se entre Sabrosa e Castelo Branco, no dia 8 de Junho.

A primeira equipa parte às 6h, saindo as seguintes de 20 em 20 segundos, estimando a organização que cada uma precise em média de 12 horas para realizar o percurso, numa extensão de 500 quilómetros.

“A velocidade média é inferior a 50 quilómetros por hora”, adiantou o presidente da Comissão de Mototurismo da FMP. Cada equipa integra duas pessoas.

No terceiro dia do encontro, também com início das partidas às 6h, os participantes cumprem a derradeira etapa, entre Castelo Branco e Albufeira, que ronda igualmente 500 quilómetros.

Desde 1999, o Portugal de Lés-a-Lés, prova turística que não inclui competição, nem classificações, “fica registado na memória das pessoas”, tanto participantes como moradores das localidades visitadas, segundo António Manuel Francisco.

“É sempre uma festa por onde circula a caravana, com motas a passar durante cerca de cinco horas”, sublinhou.

Cada participante paga 135 euros à organização, que assegura o apoio técnico e logístico ao longo do percurso, incluindo alimentação.

O alojamento é da responsabilidade dos interessados, que têm direito a três jantares oferecidos pelas câmaras municipais de Sabrosa, Castelo Branco e Albufeira.

No ano passado, também em Junho, aquela que é considerada “a maior maratona mototurística da Europa” percorreu o litoral de Portugal Continental, entre Lagoa e Gaia.

Em 1999, o primeiro Portugal de Lés-a-Lés realizou-se entre a aldeia de Rio de Onor e Sagres, em Trás-os-Montes e no Algarve, respectivamente.

Um ano depois, a prova ligou Vila Real de Santo António a Vila Nova de Cerveira, no Algarve e no Minho. No ano passado, inscreveram-se cerca de 1400 pessoas, esperando a organização atingir pelo menos essa participação em Junho próximo.