Usar a ecologia para ajudar vítimas de violência doméstica

Não querem substituir as respostas que existem para vítimas de violência doméstica. Querem diversificá-las, aliando a ecologia à psicologia. O projecto Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem é apresentado nesta sexta-feira no Mosteiro de Tibães, em Braga.

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No caso da violência doméstica, o Estado atribui as indemnizações no prazo de um mês Nelson Garrido

“Carry on”, traduzível por “continue”, é o nome do projecto que se anuncia como inédito. Conta com a Escola de Psicologia da Universidade do Minho, a Câmara de Braga e o Grupo de Acção Social Cristã de Barcelos como parceiros. E tem o apoio do programa Cidadania Activa, gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian e custeado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu.

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“Carry on”, traduzível por “continue”, é o nome do projecto que se anuncia como inédito. Conta com a Escola de Psicologia da Universidade do Minho, a Câmara de Braga e o Grupo de Acção Social Cristã de Barcelos como parceiros. E tem o apoio do programa Cidadania Activa, gerido pela Fundação Calouste Gulbenkian e custeado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu.

Segundo explicou Ana Lúcia Silva, num contacto telefónico, está a ser formado um quadro de cooperação que incluirá organismos e instituições que acompanham vítimas de violência doméstica, como instituições particulares de solidariedade social com centros de atendimento ou casas abrigo. Técnicos dessas estruturas é que encaminharão mulheres e crianças para o projecto.

Até Março de 2016, desenvolver-se-á um conjunto de actividades, como observação de aves ou caminhadas à beira do oceano ou ao longo dos muitos trilhos do Parque Nacional Peneda-Gerês, nos distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo. O plano de acção deverá ser ajustado ao perfil de cada vítima, que no caso das mulheres devem ter menos de 55 anos e no caso dos filhos menos de 16.

É uma pequena equipa, composta por dois psicólogos e dois biólogos, a funcionar dentro da Universidade do Minho, onde está sediada Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem. “Tínhamos este desejo de implementar um projecto que permitisse contactar com franjas da sociedade para lá da comunidade escolar”, diz Ana Lúcia Silva. Animaram-se com a ideia de o fazer contribuindo para aumentar o bem-estar de mulheres e crianças vítimas de violência doméstica.