Dia/Minipreço diz que “é normal” haver alguns incidentes com franchisados

Grupo espanhol prevê investir em Portugal este ano e garante estar “tranquilo” quanto às acusações de más práticas comerciais de que é alvo.

Foto
Grupo DIA/Minipreço prevê mais investimento em Portugal em 2015 Fernando Veludo/N Factos

Num encontro com jornalistas em Lisboa, Nieves Alvarez garantiu que não há “um número elevado de processos” contra a empresa, por más práticas comerciais, acusação de que é alvo por parte da AFEDA e que já levou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a investigar. Em meados do ano passado, a empresa tinha 11 processos-crime por práticas de especulação e venda com prejuízo, mas o Departamento de Investigação e Acção Penal arquivou as queixas, colocadas pela AFEDA, por não integrarem “prática de crime”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Num encontro com jornalistas em Lisboa, Nieves Alvarez garantiu que não há “um número elevado de processos” contra a empresa, por más práticas comerciais, acusação de que é alvo por parte da AFEDA e que já levou a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a investigar. Em meados do ano passado, a empresa tinha 11 processos-crime por práticas de especulação e venda com prejuízo, mas o Departamento de Investigação e Acção Penal arquivou as queixas, colocadas pela AFEDA, por não integrarem “prática de crime”.

“Normalmente, o facto de se recorrer aos meios de comunicação social serve para causar pressão para algo que não se consegue obter de forma legal”, disse Nieves Alvarez, referindo-se à AFEDA. “Estamos tranquilos”, acrescentou, garantindo que a actual rede de lojas franchisadas (291) “é estável e vai crescer tanto em Portugal como em Espanha”.

Uma das explicações avançadas pela responsável de comunicação para as queixas dos empresários é o facto de a crise, “muito dura”, ter afectado o negócio. A má gestão também é apontada como um problema, que pode precipitar encerramentos. A AFEDA contrapõe e argumenta que o grupo de franchisados afectado já tinha negócios no sector antes de ter feito parceria com a DIA/Minipreço "e nunca foram abaixo". E mantém as acusações.

Os últimos dados disponíveis, relativos ao período de Janeiro a Setembro de 2014, indicam que o grupo tinha, até essa data, 345 lojas próprias e 291 em regime de franchising. Em 2013, tinha 266 estabelecimentos neste modelo (239 em 2012). Na Península Ibérica, o grupo DIA passou de um total de 1650 lojas franchisadas, para 1846 em 2014. Quanto às vendas em Portugal, caíram 7,5% face a 2013, para 548,4 milhões de euros.

Questionada sobre as intenções de investimento em Portugal, Nieves Alvarez garantiu que a empresa “prevê investir mais”, mas remeteu informação adicional para depois da apresentação de resultados anuais, em finais de Fevereiro. “Estamos a trabalhar para ganhar quota de mercado, somos uma companhia sólida”, disse.